Projetos de Aprendizagem e Tecnologias Digitais


Este artigo se baseia na palestra que dei na Feira Interdidática/2009 (São Paulo, de 07 a 09 abril), e no II Congresso de Tecnologia Educacional Aplicada à Sala de Aula (Brasília, de 02 a 04 de junho)  tratando da inserção das Tecnologias Digitais na educação por meio de Projetos de Aprendizagem.

Erros conceituais: Tecnologias Digitais (TDs) X Tecnologias Educacionais (TEs)

Para entendermos as razões que justificam a inserção das Tecnologias Digitais por meio dos Projetos de Aprendizagem é interessante que primeiro façamos uma pequena reflexão sobre as formas como as TDs têm sido inseridas na educação e as razões pelas quais essa inserção tem fracassado em muitos casos.

Os erros de implantação do uso pedagógico das TDs começa com os erros conceituais sobre o que é tecnologia e qual sua relação com a educação. O mapa conceitual mostrado a seguir tenta aclarar os conceitos de tecnologia, Tecnologia Digital (TD), Tecnologia Educacional (TE), bem como as relações e inter-relações entre eles.

Um mapa conceitual sobre as inter-relações entre tecnologia, tecnologia digital e tecnologia educacional.
Um mapa conceitual sobre as inter-relações entre tecnologia, tecnologia digital e tecnologia educacional.

Como podemos ver nesse mapa conceitual, tecnologia é um conjunto de técnicas, processos e métodos específicos de um dado ofício ou negócio. Tecnologia Digital é qualquer tecnologia baseada na linguagem binária dos computadores. Assim, quando pensamos no uso de tecnologias nas escolas não estamos falando simplesmente no uso de “aparelhos tecnológicos digitais”, mas sim no conjunto de técnicas, processos e métodos específicos para o ofício de ensinar!

Onde as TDs se inserem na educação nesse contexto? Elas se inserem da mesma forma que todos as demais tecnologias não-digitais, como a lousa, o mimeógrafo e o toca-fitas, como ferramentas auxiliares que potencializam as Tecnologias Educacionais (TEs).

Veja também que nesse mapa conceitual a relação entre as TDs e a Educação não é uma relação de mão dupla e que seus laços são frágeis. A escola que hoje convive com as TDs já viveu séculos sem elas e viverá muitos outros séculos com tecnologias que ainda serão inventadas. As tecnologias mudam, a escola se adequa a seu tempo e usa essas tecnologias, mas a escola não é uma aplicação da tecnologia em si.

É fundamental compreender que as tecnologias próprias da Educação, como a pedagogia, a didática, a prática de ensino e as diversas metodologias próprias de cada área do saber, não são substituíveis pela Tecnologia Digital ou por qualquer outra tecnologia. E embora isso nos pareça óbvio, não tem sido tão óbvio a ponto de que se evitassem diversos erros ao longo do processo de inserção das TDs na Educação.

Para efeito puramente didáticos podemos dividir esses erros de concepção, implementação e uso em três categorias básicas:

  1. Ideológicos: Foco na tecnologia e não na pedagogia. A escola se preocupa excessivamente em explorar o potencial das TDs e subestima sua Tecnologia Educacional (TE) própria.
    • O foco correto deve ser no processo de ensino e aprendizagem (currículo, metodologias, estratégias, etc.) e as  TDs precisam ser inseridas como ferramentas de apoio às TEs onde for cabível fazê-lo.
    • Esse erro de concepção levou a investimentos gigantescos em equipamentos que não foram utilizados (laboratórios de informática inteiros), ou foram subutilizados e hoje se encontram obsoletos em muitas escolas, sem manutenção ou uso.
  2. Estratégicos: Busca de atividades e projetos que possam ser desenvolvidas com as TDs. Pressuposto de que é preciso estabelecer projetos específicos para o uso das TDs.
    • O foco correto deveria ser a busca de TDs que facilitam o processo de ensino e aprendizagem e o uso da tecnologia para o ensino e não do ensino para a tecnologia.
    • Esse erro levou ao desenvolvimento de projetos e currículos que fracassaram ao ser implementados porque não se inseriram verdadeiramente no processo de ensino e aprendizagem.
  3. Práticos: Capacitações de professores para o uso de softwares e TDs. Compartimentação do conhecimento (TDs X TEs). Planejamento de aulas voltado para o uso de TDs.
    • O foco correto deveria ser a inclusão digital dos professores e alunos (uso efetivo das TDs nas atividades do cotidiano). Disponibilização de recursos e oportunidades e valorização da inovação que leva à melhoria da qualidade do ensino.
    • Esse erro levou milhares de professores a fazerem cursos e capacitações que se mostraram inúteis porque não resultaram em um uso efetivo das TDs nas práticas escolares e nem representaram um ganho significativo para professores e alunos.

Porque Projetos de Aprendizagem com Tecnologias Digitais?

Uma forma segura de evitar os erros discutidos acima consiste em procurar inserir as TDs em um contexto em que se disponha de

  1. Tecnologia Educacional comprovadamente eficaz;
  2. Estratégias conhecidas e vencedoras;
  3. Práticas eficazes e sustentáveis.

Tudo isso pode ser verificado no uso de Projetos de Aprendizagem (não confundir com Projetos de Ensino, onde preferencialmente se cometeram muitos dos erros estratégicos apontados acima). Os Projetos de Aprendizagem:

  • São Projetos Educacionais que possuem uma tecnologia educacional bem estabelecida.
    • Sabemos como e porque utilizá-los. Sabemos planejá-los e executá-los. Temos objetivos para utilizá-los e estratégias para conduzi-los. Tudo isso nos dá segurança para desenvolvê-los.
  • Permitem a ação de múltiplos agentes (interdiscilinaridade, transdiciplinaridade).
    • Isso nos permite atingir um número maior de atores potenciais para o uso das TDs e facilitam a aprendizagem colaborativa de alunos e professores.
  • Permitem o uso natural de diferentes TDs.
    • Projetos possuem várias etapas, várias atores e muitas ações simultâneas ou não. Tudo isso permite que diferentes recursos tecnológicos compareçam em diferentes momentos e situações. Projetos geram oportunidades de uso para as TDs.
  • São focados no processo e não nos resultados finais.
    • Aqui as TDs têm a característica natural delas: apoio ao desenvolvimento, à aprendizagem, ao “fazer”; são “instrumentos para potencializar as ações” e não objetivos em si mesmas. As TDs enriquecem o processo e não são objetivos finais.
  • Promovem a aprendizagem colaborativa.
    • É no “aprender a aprender” e no “aprender a fazer” que as TDs são aprendidas, e a aprendizagem colaborativa é fundamental para esses processos. Os projetos têm naturalmente a característica de aprendizagem colaborativa e permitem que não apenas os alunos aprendam colaborativamente, mas também os seus professores.

Todas as condições acima são favoráveis tanto para a inserção das TDs quanto para o sucesso do processo de ensino e aprendizagem que, ao fim e ao cabo, é o que se deseja em uma escola.

Como implementar as TDs nos Projetos de Aprendizagem?

Antes de se lançar à aventura de implementar as TDs nos Projetos de Aprendizagem, ou em qualquer outro projeto, é necessário ter em mente que precisamos:

  • Dispor de recursos tecnológicos (TDs) e facilitar o acesso a eles.
    • Não dá para levar classes inteiras para atividades em Salas de Informática com três computadores capengas. Não dá para implementar o uso das TDs com Salas de Informática trancadas com cadeado a maior parte do tempo, computadores quebrados e obsoletos e a necessidade de uma burocracia gigantesca para seu uso. É preciso ter bons equipamentos e acesso facilitado a eles.
  • Planejar a inserção das TDs nas diferentes atividades do projeto em função de sua utilidade e disponibilidade, visando sempre a melhoria da qualidade dos produtos ou processos.
    • Primeiro planejamos o projeto, montamos as seqüências didáticas, listamos as atividades, etc., somente depois nos perguntamos “o que eu posso fazer melhor se usar as TDs de que disponho?”. Propor a construção de um blog em uma escola onde a imensa maioria dos alunos não tem acesso à Internet tem algum propósito? Propor que os gráficos estatísticos sejam feitos usando-se uma planilha de cálculo quando nem o professor nem os alunos sabem como fazê-lo, têm algum ganho? Esse ganho compensa o custo-benefício da ação?
  • Documentar, relatar, analisar e registrar o uso das TDs e seu impacto nos Projetos de Aprendizagem.
    • Usar TDs é algo ainda novo e muito pouco documentado. Muitas ações envolvendo as TDs não surtem efeitos positivos. É preciso documentar e avaliar o impacto desse uso para a tomada de decisões para os próximos projetos. A própria documentação e análise do impacto do uso das TDs implica, muitas vezes, no uso dessas TDs (documentos digitados, planilhas, apresentações, etc.).
  • Compartilhar experiências e aprendizagens (reuniões pedagógicas, formações, dia-a-dia, etc.).
    • A forma mais rápida e eficaz de aprender a usar as TDs em uma escola é compartilhar o conhecimento que se tem delas e de seu uso. Não dispomos de tempo para “aprender tudo sobre um dado recurso antes de usá-lo”, o aprendizado se dá por etapas somativas, de forma colaborativa e geralmente por tentativa e erro.
  • Promover uma política de inovação constante, dar continuidade aos projetos e procurar envolver cada vez mais os diferentes agentes.
    • Equipamentos e softwares obsoletos e a falta de atualização sobre os novos recursos tecnológicos à disposição torna o uso das TDs desinteressante para alunos e professores. Que graça tem usar um computador velho e lento, rodando sobre um sistema operacional ultrapassado e que vive travando?
    • Que novas idéias surgiram nos projetos anteriores e que podem ser implementadas agora? Quais são os novos agentes, alunos e professores, que podem se interessar pelo uso das TDs? Como podemos seduzi-los?
  • Incentivar, valorizar, expor, divulgar e premiar as inovações que produzem bons resultados.
    • De que adianta um projeto ter feito uso produtivo das TDs se isso não for capitalizado como marketing para os próximos projetos e nem for divulgado para além dos muros da escola?
    • Porque um professor deveria usar novamente as TDs se isso não é reconhecido nem valorizado, nem mesmo quando tudo dá certo? Que valor tem um projeto esquecido, um esforço não reconhecido ou mesmo um fracasso não compreendido?
  • Repensar o modelo de professor para incorporar um novo perfil profissional: o perfil do “Professor Digital“.
    • O professor digital é o profissional que toda escola deseja ter, mas nenhuma deseja pagar. O novo perfil do professor demanda uma dedicação muito maior “fora da sala de aula” do que dentro dela. O professor digital tem o direito de errar, o compromisso de aprender sempre e a certeza de que nunca saberá o suficiente. Esse novo professor não é uma solução para os problemas da educação ou mesmo de sua escola e, além disso, traz consigo novas demandas que são muitas vezes compreendidas como problemas e não como soluções.
    • É preciso que a gestão da escola (e os gestores das políticas públicas) compreenda as necessidades desse novo profissional e viabilizem a sua ação.

A experiência que eu mesmo acumulei sobre esse tema, acompanhando os projetos de milhares de escolas que participaram do projeto Coisas Boas (Educarede/SEE-SP) nos anos de 2004, 2005, 2006 e 2007, me leva a crer que os Projetos de Aprendizagem reunem todas as condições para permitirem a inserção das TDs nas escolas de forma natural e produtiva, retirando delas o estigma que vem sendo alimentado em muitas escolas de serem “complicações extras e inúteis” ao processo de ensino e aprendizagem.

(*) Para citar esse artigo (ABNT, NBR 6023):

ANTONIO, José Carlos. Projetos de Aprendizagem e Tecnologias Digitais, Professor Digital, SBO, 04 maio 2009. Disponível em: <https://professordigital.wordpress.com/2009/05/04/projetos-educacionais-e-tecnologias-digitais/>. Acesso em: [coloque aqui a data em que você acessou esse artigo, sem o colchetes].

55 comentários sobre “Projetos de Aprendizagem e Tecnologias Digitais

  1. PARABÉNS! Você foi perfeito em suas colocações. Adorei! Será citado em meu artigo. Brevemente retornarei.
    Abraços,

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  2. Parabéns pelo seu material, muito bem produzido e escrito utilizei algumas citações suas em material para uma palestra na Cidade Manaus, lógico com as devidas citações.
    Att,
    Prof. Msc Alexandre Romano – Psicologo SEMED-Manaus e professor da ULBRA E La SaLLE

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  3. Professor !!!…

    Nada como uma notícia, excelente, dessas para provar que as segundas-feiras não são tão ruins assim.

    Grato, a minha prática docente agradece.

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  4. Oi, desculpe insistir mas já visitei o sítio do evento.
    Eles só liberam o vídeo para quem participou do evento.
    Então, já que o senhor não dispõe…
    No mais, até breve (o blog já está no favoritos).

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    • Olá Prof. Cláudio,

      É pena que o vídeo não esteja mais disponível no site da Interdidática. Eu encontrei uma cópia da palestra dada em São Paulo por mim e pela Profa Eliane, em meu computador, mas o vídeo tem cerca de 110 Mb e 1 h e 5 min de duração e não dá para subir para o Youtube, então eu o coloquei em meu próprio servidor no endereço http://www.profjc.net/arquivos/. A apresentação de slides dessa palestra eu subi para o Slideshare e você pode baixá-la no endereço http://www.slideshare.net/profjc/tecnologias-digitais-na-educao.

      Espero que sejam de alguma utilidade.

      Abraço,
      JC

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  5. Ótimo texto que acredito funcionar como um “mapa do caminho” para docentes que, como eu, começam a engatinhar na área.

    Aproveito a oportunidade de saber qual a possibilidade de o senhor disponibilizar o vídeo da sua participação no 2º Congresso de Tecnologia Aplicada à Sala de Aula, como também qualquer outro que contenha sua explanação sobre o tema aprendizagens e tecnologias educacionais.

    Assevero que a utilização será no sentido de aprimorar a prática docente minha e de colegas da escola. Caso julgue necessário, tenho como enviar solicitação formal (da escola) para o senhor.

    Obrigado e Parabéns.

    Claudio.

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    • Olá Cláudio. Esse vídeo está disponível no site do evento (tem um link para o site da Interdidática no próprio artigo) e eu não o disponho comigo, sinto muito.

      Abraço,
      JC

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  6. Parabéns! Ótimo texto! Sou articuladora dos projetos de aprendizagem em minha escola que faz parte do projeto ESCUNA, hoje Programa ESCUNA, desenvolvido na rede municipal de Rio Grande desde 2003 e, concordo que o professor precisa utilizar a tecnologia como ferramenta e que jamais ele será substituido pela máquina. Às vezes é difícil, mas com a observação das experiências daqueles que já incorporaram a pedagogia de projetos, aos poucos vamos conquistando outros e assim vai se construindo a aprendizagem e se fazendo educação de qualidade.

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  7. Olá,
    gostei muito de seu artigo !
    Me incluo na descrição de “Professor Digital” !
    Percebo a dificuldade que os gestores tem em reconhecer a informática e demais tecnologias como recursos pedagógicos. Nas escolas, em LABIN, temos os “professores de informática”, que ministram “aulas de informática”… ou seja… é a visão tecnicista de ensino. E os tais professores de informática são os “senhores” detentores daqueles conhecimentos…

    Abraços
    Elis – Porto Alegre – RS

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  8. Professor,
    Parabéns pelo brilahnte trabalho, ele esclarece muito de minhas dúvidas, me fez refletir sobre os projetos, que considerava não tão importante.
    Sua exposição no texto e no mapa conceitual me fez refletir e acreditar que mudanças de práticas são possíveis.
    Estou refletindo mais diretramente sobre a questão a aproximadamente 2 meses e seu texto , com certeza, muito cotribuiiu e contribuirá nesta minha nova caminhada. gostaria de sua autorização para utilizar seu texto e relato dos professores sobre as dificuldades, descobertas e desfios. Se concordar, me mande seu nome e formação.
    Um grande abraço
    Monica – Palmas – TO

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  9. Excelente texto. Vou repassá-lo aos professores supervisonados por mim nas escola que acompanho, onde temos muita dificuldade em discutir sobre Tecnologia e Educação.

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  10. Olá José!
    O texto é esclarecedor e realmente se planejarmos é possível termos como aliado do ensinoaprendizagem os recursos tecnológicos.

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  11. Olá José Carlos!!

    Obrigada pela iniciativa de expor um texto informativo e que esclarece várias dúvidas e incertezas. Estou tentanto formular um projeto que envolva a inclusão digital de crianças pequenas. O seu texto me fez colocar os pés no chão. Não desisti do projeto, apenas percebi quais os focos que devo manter para realizar meu sonho.

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  12. Este texto esclarece e reforça a necessidade de nós professores participarmos de cursos como este, para podermos acompanhar a evolução e fazermos uso desse recurso computador/informática.
    Todos os professores “acredito” tem o dever de se atualizarem. Hoje vimos que nossos alunos muitas vezes não tem interesse pelas nossas aulas porque nossos recursos são aqueles que usavámos desde o início de nossa carreira. Espero que aos poucos todos os professores atendam a este chamado e quem sabe assim daremos outro rumo para Educação de nosso País.
    Um grande abraço

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  13. Texto bastante esclarecedor e vem confirmar o que tenho conversado com colegas na escola em que leciono. Tenho uma turma de nove anos e estamos fazendo algumas tentativas com recursos tecnológicos – a priori, com o computador/internet. Nossa última empreitada é o blog que arrisquei a fazer para interagir com os alunos e seus familiares, mas ainda está bem incipiente. Penso que aos poucos e com muito trabalho mais a ajuda que obtenho ao acessar este portal, vamos avançar.
    Abraços.

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  14. Olá,quando recebi esta reportagem no portal EducaRede,gostei pois ele está retratando minha realidade profissional. Sou Implementadora de Informática da rede pública de Volta Redonda e realizo atividades pedagógicas que são integradas com as salas de aulas.sempre procuro estar apoiadas em projetos onde possam complementar as matérias que estão inseridas. Estou fazendo curso de Mídias na Eduacção pela UFRRJ e tenho sempre interesse de participar de cursos oferecidos pelo NTE07, com isso tenho certeza de estar realizando um bom trabalho com Projetos de Aprendizagem e tec. estarei apresentando nos dez 10 anos de aniversário do NTE07 dois caos de sucessos desenvolvido em minha escola por mim.
    http://www.iaesmevr.org/news.php

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  15. Os textos que li até agora foram muito bons para o meu aprendizado sobre a inclusão digital na escola e facilita a compreenção do professor que está aberto a receber informações e explicações de como melhorar ou implantar os recursos tecnológicos na escola. O que precisa agora é o professor colocar em prática tudo que viu e ouviu, tentando junto com o corpo docente e dicente da escola, melhorar a aprendizagem apimentando os estudos com estes recursos tecnológicos que ao invés de termos como inimigo, termos como aliados fortes, pois estão dentro do ambiente das crianças, adolescentes e jovens sendo muito mais atrativo do que o ambiente escolar.

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  16. Um texto extremamente esclarecedor. É de suma importância que nós professores possamos nos moldar com a TD.

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  17. Ótimo texto professor!
    Vou repassá-lo aos nossos professores da nossa EMEI, pois este tema ainda é um tabú a ser desvendado, e como sabemos muitas pessoas a tecnologia é uma tabua de salvação na hora de buscar soluções e preparar trabalhos e atividades para os alunos. Este texto mostra claramente que precisamos conhecé-la profundamente para usá-la e torná-la aliada para um bom aprendizado.

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  18. Muito bom texto! São importantes as colocações conceituais para naõ se embarcar no fetiche das máquinas. Parabéns. Laurinda

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  19. Nossa! Quantas indagações já me fiz a respeito. Você escreveu, professor, exatamente sobre as minhas inquietudes quanto à tecnologia aplicada à educação. Ah, a concepção ideológica!

    Estou consciente que é até “irônico” eu ter criado um blog para aprofundar os conteúdos aplicados em classe e meus alunos não poderem acessar.

    Parabéns, professor, pela sua didática, por explicações acessíveis ao que muitas vezes pareceu-me “muito distante”, por meu tempo de magistério, por minha idade, enfim…

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  20. Caro Professor,
    Gostei demais desse artigo, esclarece muito bem a diferença entre Tecnologias digitais e Tecnologia Educacional.
    Realmente precisamos nos conscientizar que as tecnologias digitais principalmente o acesso à internet tornou-se uma ferramenta valiosa no processo ensino aprendizagem tanto para o professor quanto para o aluno.

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  21. Depois que me envolvi com a informática me sinto como dito no texto :”… O professor digital tem o direito de errar, o compromisso de aprender sempre e a certeza de que nunca saberá o suficiente. Esse novo professor não é uma solução para os problemas da educação ou mesmo de sua escola e, além disso, traz consigo novas demandas que são muitas vezes compreendidas como problemas e não como soluções….” É bem isso … Estou sempre correndo atrás de uma inovação para me assegurar de que vou estar utilizando de maneira adequada esta ferramenta… Meus alunos da EJA-Ensino Médio teem se apropriado desta ferramenta, enfrentando dificuldades (acesso, poucos computadores, etc), mas noto que tenho contaminado-os e espero que possam utilizar esses conhecimentos para continuarem sua formação em graduação a distância pois em nossa cidade não há universidade.

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  22. Caro professor
    O texto é ótimo. Muito claro e objetivo. Realmente ser professor digital exige de nós uma dosagem imensa de dedicação. Precisamos trabalhar muito, somos mau pagos e temos que investir em nossa ed.digital para não ficarmos fora do tempo. Nossos alunos, como nós, precisam de estímulo para refletir sobre as novas linguagens ,para apreciar, para serem críticos ao que tem de acesso por meio dessas tecnologias.
    Não podemos ficar quietos diante dos obstáculos com os quais diáriamente nos defrontamos (burocracia, comput.quebrado,etc.).Precisamos exigir os direitos nossos e dos alunos.
    Não desanimemos!

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  23. Realmente o texto é muito bom, gostei muito. Devemos sempre ser criativos e tentar adequar ao nosso contexto escolar para poder colaborar com o processo ensino-aprendizagem.

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  24. OLA. AMIGOS DO EDUCA REDE,
    HOJE ESTAMOS TENDO O CURSO DO PROINFO NO MUNICÍPIO DO CRATO….E SABEMOS O QUANTO É IMPORTANTE ESTARMOS ANTENADOS E INFORMADOS PARA TRABALHARMOS JUNTO COMO OS NOSSOS ALUNOS. PORÉM O MAIS IMPORTANTE NÃO É APENAS O DOMÍNIO DAS TECNOLOGIAS, MAS, UTILIZÁ-LAS DE FORMA PRÁTICA E PEDAGÓGICAMENTE CORRENTA. MESMO COM TODA PRÁTICA, NÓS PROFESSORES AINDA SENTIMOS A ANGUSTA DE NOSSAS ESCOLAS NÃO ESTAREM EQUIPADAS. EM DECORRÊNCIA A PRECARIEDADE DO SISTEMA DE ENSINO BÁSICO…..AS NOVAS TECNOLOGIAS NÃO SÃO NOVAS, POIS ELAS EXISTEM MUITO ANTES DA 1 REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, O QUE FALTA É INVESTIMENTOS POR PARTE DO PODER PÚBLICO PARA MAXIMIZAR E DIVERSIFICAR O ATENDIMENTO AOS PROFESSORES E ALUNOS.

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  25. Sou Professora da rede Municipal de Joinville, formada em Matemática, atualmente estou trabalhando na sala de informática. O que posso comentar sobre esse texto.
    Realmente o uso das TDs e de suma importância só que está longe de se tornar uma prática habitual.
    Primeiro porque existe uma resistência de alguns professores em usar a tecnologia em suas aulas.
    Outro motivo os laboratórios de muitas escolas ainda não estão devidamente estruturado. Com certeza o uso das TDs na escola dinamiza as aulas e inclui nossos alunos ao mundo digital.

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  26. Professor, seu texto esclarece muitos itens que ainda são duvidas para muitos professores, através das TDs o professor organiza a prática educacional, pois oprtuniza o aluno a desenvolver capacidade de criar e interagir diante do processo ensino/aprendizagem.

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  27. Olá, professor.
    Realmente, não podemos esquecer que a educação já possui tecnologias próprias e que é de fundamental importância lembrarmos que somos professores.
    Focar no processo de aprendizagem e na busca de atividades que nos auxiliem na melhora deste processo é, sem dúvida, garantir o bom funcionamento pedagógico dos recursos oferecidos em uma sala com computadores.
    Acredito nos projetos de aprendizagem como uma excelente “tecnologia educacional” e no professor que utilizará esta tecnologia.
    Se o profissional da educação direcionar a sua prática ao foco principal de seu projeto de aprendizagem facilitará a aprendizagem colaborativa e o uso consciente dos softwares disponíveis.

    Paola Hoffmann Schuetzler Gomes
    Professora/coordenadora da Oficina Digital da Escola Municipal Profª Karin Barkemeyer
    Joinville-SC

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  28. Otimo comentário professor, quanto os erros de implantação do uso pedagógico das TDs começa com os erros conceituais sobre o que é tecnologia e qual sua relação com a educação.
    A forma mais rápida e eficaz de aprender a usar as TDs em uma escola é compartilhar o conhecimento que se tem delas e de seu uso.
    Será muito bom dispor de recursos tecnológicos e facilitar o acesso a eles através de projetos.

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  29. Olá!Apos a leitura do texto pude observar varios pontos em comum com a realidade da escola onde leciono, computadores velhos obsoletos ,mas mesmo diante deste cenario existem professores que com criatividade paciencia e acima de tudo proficionalismo executam aulas interativas mostrando ao aluno as possibilidades de utilizar o conhecimento que trazem da vivencia do cotidiano deles as aulas e auxiliam para o bom uso das midias que lhes sao familiares que muitas vezes tao um show aos professores ,pois esta geraçao gosta de desafios.Excelente texto para refletirmos.

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  30. Texto bastante reflexivo…
    Dentre vários pensamentos em relação ao texto, um deles, penso que as salas de aula, deveriam estar equipadas com multimeios, várias estrátegias de comunicar, trocar, pesquisar, interagir. No “passado” o saber era fixado no quadro e na palavra do professor, hoje, com a tecnologia digital, o mundo, com acesso livre e sem limites.
    Ótimo Texto.

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  31. O texto é execelente. Fala muito da realidade que temos atualmente. Muito se fala, mas os computadores obsoletos, quebrados e capengas nos deixam amarrados. E não há uma escolha para os profissionais(professores) que tenham perfil para trabalhar com estas máquinas maravilhosas.
    Não há dúvida de que a tecnologia é fundamental para uma educação de qualidade. Mas como escreveste, falta tempo para a preparação das aulas e computadores adequados.
    “Professores digitais – toda escola gostaria de ter, mas nenhuma deseja pagar”.

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  32. òtimo texto, porque contmpla questões rlativas ao uso de novas tecnologias no processo ensino aprendizagem e nos leva a refletir sobre nossa prática diária em educação.

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  33. Foi de grande valia.Vou tentar colocar em prática pelo menos uma parte. Orientar os colegas de trabalho juntos com os alunos será muito gratificante. Gostei muito do seu texto. Nos faz pensar no cotidiano de um laborátorio de informática na grande maioria sucateados.

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  34. Precisamos estar preocupados como construir conhecimento significativo mediante a incorporação de novas tecnologias no cotidiano escolar. Já é consenso que o computador é um instrumento valioso no processo de ensino e de aprendizagem e, portanto, cabe à escola utilizá-lo de forma coerente com uma proposta pedagógica atual e consistente.É necessário repensar o ensino e a aprendizagem, colocando-se numa postura de professor inovador, criando situações significativas e diferenciadas, e por que não com o auxílio das tecnologias educacionais????

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  35. Boa Tarde Professor

    Penso que uma questão primordial para a introdução desses projetos de aprendizagem com o uso das tecnologias digitais no contexto escolar, bem como o fortalecimentode dessa cultura é a política de capacitação de todos os professoresda escola que irão conviver com essa nova tecnologia. É preciso que o professor esteja capacitado de tal forma que consiga integrar sua proposta de ensino com as novas tecnólogias.
    DIMENSTEIN (1999), a educação no Brasil deve: “transmitir os mais elementares direitos e lidar com os impactos da nova tecnologia”.

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  36. O texto aborda muito bem a questão do uso da informática na escola. A importância da elaboração de projetos para um melhor uso dessa tecnologia.

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  37. Já tive a oportunidade também de trabalhar com projetos e a tecnologia é apenas uma ferramenta. vc primeiro precisa conhece-la para poder usa-la e torna-la a tua aliada no aprendizado. Sem isso, a tecnologia torna-se inútil e nem todos os professores estão preparados para utiliza-la. Infelizmente.

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  38. Olá professor,
    Esse texto é muito pertinente,já tive oportunidade de trabalhar com projeto de aprendizagem,foi uma experiência muito rica,apesar de na ocasião não contar com a dinãmica da experiencia,mas foi uma oportuniddae em que vimos os alunos participando ,construindo com base em suas curiosidades.

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  39. Felizmente, tive a oportunidade de trabalhar como mediadora em laboratório de informática da minha escola a qual trabalho ainda, porém em sala de aula com a disciplina de ciências. Foi muito importante, pois tive a oportunidade de orientar aos colegas professores como estar trabalhando com os alunos no laboratório de informática bem como sensibilizá-los quanto à forma de trabalhar projetos de aprendizagem. Durante esse período foi muito importante e gratificante ver o interesse e a alegria de nossos alunos em ir para o laboratório aprender a lidar com essa tecnologia bem como demonstrarem claramente sua aprendizagem através dos projetos desenvolvidos pelos professores juntamente com todos os alunos, fator o qual despertava cada vez mais o interesse dos mesmos para o desenvolvimento dos projetos. Infelizmente, hoje, isso não acontece mais.

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  40. Muito interessante sua abordagem sobre partir das sequências de atividades e projetos, para depois inserir o uso do computador. O que é uma incógnita para muitos professores, pode ser o caminho.

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  41. Professor, gostei muito da colocação feita, o artigo foi muito esclarecedor e mecolocou numa posição de reflexão.
    Acho que é de primordial importância refletirmos sobre a forma como estamos pensando a tecnologia digital em nossa sociedade.
    Estamos usando expresões como inclusão digital e analfabetismo digital de uma forma quase vulgar, sem preocupação com o processo pedagógico.
    Muitas vezes vemos políticos usando estas plataformas como discursos modernos de convencimento das massas que não percebem o grande erro cometido ao investirmos em tecnologia sem pensarmos em pedagogia

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  42. Professor gostei muito de como foi colocado o assunto mas precisava do seu nome para referncias de um trabalho pois se me permitir gostaria de fazer uso do seu mapa conceitual.
    grata

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  43. muito didático teu texto, professor. é bem isso mesmo: muitos professores foram com muita sede ao pote pensando que a tecnologia seria a salvação.que fique bem claro a eles: é apenas mais uma ferramenta, exequível,porém tem que ser testada e com manutenção diária:objetiva e subjetivamente.
    abç vera

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  44. Olá professor

    Algumas das perguntas lançadas aqui tenho me feito constantemente: sobre o uso de blogs, sobre computadores velhos e lentos, sobre número de computadores x alunos, fracassos não compreendidos, projetos não reconhecidos… Além disso, a outra questão – que não foi uma pergunta – sobre o tipo de trabalho que desenvolve o professor digital e que não é remunerado adequadamente, também tem sido foco de minhas inquietações.
    Seu texto é certeiro!

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  45. Muito interessante o texto e certamente me ajudará muito na elaboração de futuros trabalhos, pois ainda estou engatinhando na área. Voltarei sempre para aprender mais!

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