E agora, Mestre Giz?


ApagadorHá duas décadas atrás, lá pelo final da década de 80, Mestre Giz reinava na escola e era a última palavra depois do livro didático. Tinha um enorme orgulho, aliás, de conhecer o livro didático, seu mestre, de cabo a rabo. Suas aulas eram impecáveis e se você perdesse uma delas na sexta série A, poderia assistir a mesma aula na sexta série B, pois Mestre Giz tinha uma aula tão “redondinha” que até as piadinhas eram perfeitamente encaixadas no contexto da aula. Absolutamente tudo sem imprevistos e nem improvisos.

Sada de InformáticaComo que por mágica, Mestre Giz deu uma cochilada numa bela e preguiçosa tarde, logo depois do almoço, e viu-se transportado no tempo para uma década adiante, lá pelo final dos anos 90, na virada para 2000. Acordou babado e meio assustado com o que viu: uma sala cheia de computadores, com uma Internet meio capenga e dezenas de cadeados por todos os lugares possíveis. Era a escola tecnológica chegando.

CadeadosMestre Giz logo desconfiou daquela parafernália toda e concordou de imediato com a gestão da escola de que era preciso colocar muitos cadeados nas portas e impedir os mortais comuns de mexerem naquelas coisas, evitando assim quebrá-las. Também concordou que seria preciso muito treinamento, formação e projetos inovadores nos próximos anos para que se pudessem usar aquelas coisas e, acima de tudo, era preciso saber para que se usariam aquelas coisas. Se era para ensinar, ele não precisava, pois já sabia fazer isso.

Surfando na netDias, semanas, meses e anos se passaram e os alunos revoltosos continuavam querendo usar aquelas maquininhas. Mas para quê? Mestre Giz até foi obrigado a fazer um curso sobre como usar um tal de Word e outro Excel, mas já havia esquecido tudo e, além disso, ele não precisava realmente daquilo. Alguns colegas, até mais velhos do que ele, já tinham computadores em sua casa e os usavam, até para “surfar” na Internet, e ele mesmo já havia comprado um para sua filha, mas na escola as coisas eram diferentes porque faltava alguma coisa a mais para poder usar os computadores: faltava um motivo!

Lan HouseCerta vez um professor metido a diferente levou a classe até a Sala de Informática, mas quebrou a cara porque os computadores estavam muito velhos e desatualizados e a Internet nem funcionava em alguns computadores. Além disso, os alunos usavam as Lan Houses do bairro e dispunham de máquinas muito melhores em suas próprias casas. Mestre Giz não pôde esconder um certo sorriso de satisfação ao ver comprovada a sua tese de que aquelas maquininhas eram mesmo inúteis na escola.

Como o tempo é o grande carrasco das verdades absolutas, um dia aquele professor teimoso, de tanto teimar, conseguiu fazer algo dar certo na Sala de Informática. Não foi nada de muito sofisticado, apenas uma pesquisa rápida na Internet e um texto, digitado naquele tal de Word. Pura perda de tempo, concluiu logo Mestre Giz. A cena se repetiu outras vezes e até mesmo com outros professores, mas a grande pergunta de Mestre Giz continuava sem resposta: e para que EU preciso disso?

Giz e lousaHoje cedo Mestre Giz levantou da cama pelo mesmo lado que sempre levanta, pisou com o pé direito primeiro, como sempre, e tomou seu café com leite e pão com manteiga antes de ir para a escola. Escola que, aliás, parece cada dia pior. Os alunos já não têm mais tanto respeito como antes e nem demonstram muito interesse pelas suas aulas que, à propósito, continuam “redondinhas” como há duas décadas! “Azar o deles”, sentencia Mestre Giz.

Professor ConectadoAlguns colegas professores andam com notebooks ao invés de cadernos, e usam um tal de data-show de vez em quando, ao invés do projetor de slides. Parece que é melhor, mas dá muito trabalho fazer alguma coisa no computador para depois ter que usar o notebook da escola e o data-show e, além disso, não há ninguém na escola para fazer toda essa montagem para os professores. Os professores têm que, eles mesmos, colocarem as imagens no computador e ligar tudo no data-show. Assim fica muito difícil, conclui para si mesmo Mestre Giz, com um certo ar de espanto com aqueles professores que conseguem fazer essas coisas sozinhos e sem cursos ou formações especiais.

Giz e lousa com corNa hora do intervalo, Mestre Giz fez as contas para sua aposentadoria e descobriu que agora falta pouco. Ainda bem, pensou ele, afinal a escola mudou muito e está cada dia mais difícil ensinar. Ele tem pena desses professores mais novos que são obrigados a usarem computadores, Internet, data-show, DVD e outras porcarias para poderem ensinar suas disciplinas. Ele nunca precisou de nada disso. É pena também que os alunos não saibam dar o merecido valor às suas aulas e não entendam que ele já sabe tudo o que os alunos precisam saber. É pena que a juventude ache que pode escolher o que aprender só porque tem uma tal de Internet e que passem tanto tempo nos computadores ao invés de estarem mergulhados nos livros.

Quando estava saindo para o almoço uma aluna lhe perguntou se não podia entregar em um CDROM a pesquisa que ele passou como tarefa, ou mandar por e-mail. É claro que ele respondeu que não. E como esses alunos estão a cada dia mais atrevidos, a garota lhe perguntou com a maior inocência “porque não?”.

CriançasSacando como sempre de sua arma mais poderosa, a razão, Mestre Giz disparou na aluna o mesmo petardo que vem disparando há duas décadas em todos aqueles que lhes questionam o porquê dele simplesmente se negar a usar as novas tecnologias na educação: “Ora, minha cara, eu não preciso de nada disso para lhe ensinar minha matéria”. Mas, desta vez, ao invés do silêncio que costuma receber em resposta,  a garota, atrevida que é, parece que resolveu retrucar com algo que até então Mestre Giz ainda não havia compreendido muito bem: “Eu sei que VOCÊ não precisa, professor, mas EU preciso e PRECISAREI A VIDA TODA. Porque não posso usar então?”.

E agora, Mestre Giz?

(*) Este texto é uma fábula. Ele é totalmente fictício. Mestre Giz, ou professores que acreditam que não precisam usar as novas tecnologias na escola porque são capazes de ensinar sem elas, e que desconhecem a necessidade que os alunos têm de aprender com elas, são personagens inexistentes na vida real. Qualquer semelhança entre os personagens dessa fábula e a realidade cotidiana de uma escola é mero fruto da sua própria imaginação.
 

(*) Para citar esse artigo (ABNT, NBR 6023):

ANTONIO, José Carlos. E agora, Mestre Giz?, Professor Digital, SBO, 18 set. 2009. Disponível em: <https://professordigital.wordpress.com/2009/09/18/e-agora-mestre-giz/>. Acesso em: [coloque aqui a data em que você acessou esse artigo, sem o colchetes].

71 comentários sobre “E agora, Mestre Giz?

  1. A tecnologia é um bem necessário em nossas vidas, obviamente que ela não substitui o professor, mas é fundamental usarmos em nosso favor.

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  2. Muito bom…O giz e o livro didático. Mas… Os tenho a opinião que livros didáticos “antigos são melhores que os atuais. O uso do giz na época também foi fundamental mas é necessário enfrentar a evolução.

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  3. Legal! A Educação caminha a passos lentos! Precisamos que os professores saiam da posição de sabe-tudo e venham aprender com os seus educandos. O professor precisa rever o que está fazendo em sala de aula. Falar que o aluno não quer nada é fácil, dificil é o professor admitir que precisa aprender a ensinar. Em resumo, o professor precisa e precisa muito de estudar!!!
    Abraços,
    Graci

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  4. Olá, achei o texto muito bom, porém me preocupa com os professores que não se permitem avançar quanto as novas tecnológias …deixar seus medos suas dúvidas e a zona de conforto para o uso das novas tecnologias é o grande desafio

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  5. Acredito que as duas formas de se ensinar é importante, pois nossos pais e avós aprenderam e sabem muito com os mestres giz.Porém aderia ás tecnologias não é deixar de lado as formas já existentes e que deram certo. Portanto existem muitos profissionais resistentes às mudanças de paradigmas, que devem se conscientizar que estamos vivendo em um outro tempo e convivemos com uma geração que já “nasce”, mexendo com equipamentos tecnológicos. Dessa forma a educação deve acompanhar essa evulução. Mas também cuidar para desenvolver todas as áres do conhecimento utilizando todas as áreas do cérebro.

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  6. O Mestre Giz, na realidade, representa um tipo de professor que ainda se vê na Educação, principalmente do Ensino Fundamental e Médio. Ainda é comum ouvirmos aquela lamentável expressão que “o professor finge que ensina, o aluno finge que aprende e o Estado finge que oferece Educação de qualidade”. Baixos salários e pouco investimento na rede são os causadores da manutenção de um ensino ultrapassado e ineficaz.

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  7. Achei este blog sobre o mestre Giz muito interessante. Aprendi muito com o giz em sala de aula, mas concordo que devemos estar abertos a novas tecnologias, mudando paradigmas.

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  8. Sou muito a favor de tecnologia, temos que estar sempre se atualizando, temos que vencer a barreira de resistência e nos adaptar aos avanços que contribuem em um resultado muito mais eficaz e eficiente.

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  9. As vezes me vejo como o Mestre Giz,outras me vejo aventurando a dialogar com a tecnologia através dos meus alunos,e isto é muito bom ,força a interação,o diálogo ,sempre estaremos ensinando, e aprendendo..Ser educador será sempre um desafio nos tempos antigos,modernos e futuros.

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  10. Tem gente que tem medo do novo…acredito que o avanço tecnológico veio para ficar…e para mim é muito bem vindo.

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  11. Pois é, não podemos dizer que somente nesta fábula existe o mestre giz, nos tempos atuais, há diversos educadores trabalhando desta forma, engessados a uma determinada linha de pensamento, sem notar as necessidades atuais do mundo globalizado.
    Podemos notar também a falta de compreensão para com o educando, a sua necessidade, seus conhecimentos, tudo alí é esquecido, somente o educador tem o conhecimento. Na verdade, hoje, precisamos além de trazer as técnologias para dentro da sala, precisamos ouvir mais o aluno, conhecê-lo mais. Hoje, os recursos dentro da sala de aula são indispensáveis, pois para qualquer assunto acaba trazendo diversos links.
    Estou cursando pedagogia e acredito muito que o educador tem uma missão muito grande, principalmente no Brasil, mas para que essa missão aconteça com sucesso, é necessário professores dispostos a mudar.

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    • como diz o texto 😮 tempo é o grande carrasco das verdades absolutas,…isto é genial …a mudança e o diálogo com a tecnologia intermediando as relações é inevitável…

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  12. Sou aluna de Pedagogia e durante este semestre estamos analisando diversos recursos pedagógicos, como facilitadores da aprendizagem, entre estes recursos as tecnologias digitais que são muito importantes na sociedade em que vivemos. E esta fábula veio ao encontro de minhas reflexões a respeito da importância das tecnologias , uma vez que nos mostra a defasagem da escola desde a rotina do professor (levanta do mesmo jeito, come…) como a resistência do mesmo em se abrir para o novo.
    Parabéns pelo Blog, que traz muitas postagens importantes (um exemplo é o maravilhoso “Uso pedagógico do Datashow”) para o professor disposto a acompanhar e evoluir com seus alunos.

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    • Olá Jordane,

      Obrigado pela visita e espero que suas reflexões sobre o texto contribuam com sua formação e a de seus colegas de curso.

      Abraço,
      JC

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  13. Muito boa essa fábula! Adorei a resposta da aluna ao Mestre Giz, ele precisava acordar para a realidade.Existem muitos professores (infelizmente) que ainda pensam assim,aparecem com seus cadernos amarelados do tempo com a mesma matéria de anos e anos ,do mesmo jeitinho,com os mesmos exemplos,com as mesmas piadas prontas.E se o aluno pergunta algo fora do contexo,pede silêncio,como assim mudar a aula?Jamais! O lado bom da história é que também existem os professores como o colega do Mestre Giz, que está sempre buscando o novo, o atual,mesmo que encontre barreiras .

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  14. Acontece que ninguém aqui disse como faz na prática para que os seus alunos ¨visitem¨ o novo. Pior: a nossa tragédia diz que nem o ¨velho¨, o já sabido, é ensinado. Como alguém pode fazer isso quando até abre blog mas não sabe nem para que foi criado e-mail?

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  15. Todos os comentários foram ótimos, mas faltou uma coisinha que todos sentimos em maior ou menor grau: “medo”.
    O medo é uma manifestação humana de resistência ao novo, ao desconhecido, e quem de nós não teme ou temeu alguma vez o desconhecido?
    Portanto, o Mestre Giz, de uma forma ou de outra estará sempre presente na prática pedagógica, pois o que é novo hoje, amanhã será velho, e seguiremos adiante não mais cmo Mestre Giz, mas como Mestre Word e outros que irão surgindo. Esses novos Mestre, deveriam render graças ao Mestre Giz, pois, são transformações do mesmo.
    Arnaldo, ex-Mestre Giz

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    • Verdade! o Medo do novo cria resistências! O mestre Giz quando achar que domina a tecnologia em sala de aula,vai adorar a tecnologia ….até ….que novos tempos o desafiem novamente.Não temos perante a natureza a opção de deter o progresso…é ilusório acreditar nisto

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  16. Nem tanto o mar, nem tanto a terra, mas sim poder viajar de um lugar a outro. O “mestre giz” que não improvisa, não é criativo, não reinventa e adapta, não passará a fazer isso, por passe de mágica ao converter-se em “mestre data-show”, entre os dois existiu o “mestre transparência”, que não reelaborava nem revia suas aulas. Aliás, às vezes recriava e aprendia menos com todo o processo: suas aulas já estavam sempre prontas, para quê rever ou pesquisar? Desvios nos programas ou nas aulas são ruins: se meus slides ja estão prontos e não vou mudá-los, por conta de quem ‘sabe menos’. Sei que a expressão “mestre giz” foi usada para designar alguém tacanho, avesso às mudanças e à tecnologia: a culpa não é do giz, como disseram, mas de quem o manuseia. Invento outra expressão para um debate tão interessante e estimulante: que não esqueça o novo mestre (datashow), do primeiro e mais antigo de todos os mestres, mas sempre e novamente o mais atual: o Mestre Diálogo.

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  17. Concordo plenamente com o profesor Léo!!!!!!!!
    O problema não está no giz e sim em quem o segura.
    A culpa não é somente dos professores, pois muitas vezes nos falta suporte para toda a tecnologia existente atualmente.
    Enfim as escolas daqui pra frente deverão investir mais e acompánhar esse avanço tecnológico.
    Professores e alunos acompanhando juntos a tecnologia…
    Beijos e parabéns pelo Blog!

    Elba

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  18. é fato que as novas gerações dialogam como ninguém com as novas tecnologias. mas, na realidade, muitas vezes, não é culpa do “mestre giz”. muitas, e muitas vezes, não há suporte para um ensino que acompanhe às novas mídias.

    onde moro, por exemplo, é assim. a biblioteca mal tem livros, o que dizer de computadores e toda essa parafernália digital.

    bom, de qualquer modo, está certa. viva o futuro!!! e adorei a “provocação”: mestre giz. rsrsr

    um beijo

    pedro

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  19. Mais uma vez parabéns pelo seu trabalho! Seus artigos são ótimos. Estou mediando um curso sobre tecnologia educacional e indiquei o seu blog como referência para alimentar as discussões no curso.

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  20. Muito interessante a Fábula……. Mas muito mais interessante o depoimento do Prof. Leo. Trabalhei (e trabalho ainda) com formação de professores e sonho em ver profissionais como ele na atividade em sala de aula. Os investimentos tecnológicos nas escolas são importantes, mas muito mais são os investimentos na pessoa do professor (tão pouco valorizado) especialmente na educação básica.

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  21. Achei a fábula inteligente. Acredito que precisa ser respeitado o tempo de cada um. Corajoso o depoimento do Léo.
    Precisamos inovar, mas o Mestre Giz nào precisa ser descartado. O inteligente é saber fazer uso das duas alternativas.
    A criatividade é sempre bem vinda.

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    • Sempre estaremos desafiando e sendo desafiados,e também concordo que é inteligente não ter medo de usar as duas alternativas ,pois estamos vivendo um momento transitório.As novas gerações estão no tempo atual e nós professores temos o privilégio de estar neste tempo nos reinventando

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  22. Senhores, diferente de todos vocês, sou uma entusiasta da educação, mas não docente e sim coordenadora de centrais de atendimento no segmento, e atualmente, comercial em uma empresa de tecnologia voltada para educação.

    Realmente, o que o professor Leo comentou, resume o que todos mencionaram, ou seja, o problema é de quem “empunha o giz” … docente que abre uma tela em sala de aula e sai para a cantina, independente da tecnologia … não deveria se “intitular docente” … isso é indecente.

    Nossos meninos e meninas irão sim, utilizar cada vez mais parafernálias tecnológicas em seu ambiente de trabalho, mas não podemos esquecer que entre uma coisa e outra, passam-se 15 anos (em geral, espaço de tempo entre o primeiro e o último dia de aula, considerando-se uma graduação). Entendo que não devemos misturar as “estações” e DEIXÁ-LOS CRIAREM e não simplesmente, tomarem contato precocemente e de forma tão maciça, com o que nos ajuda em nossas rotinas entediantes de trabalho.

    O corpo discente precisa tangibilizar os ensinamentos, por ora com tecnologia, mas principalmente, com o MESTRE lá na frente. Vocês não sabem o poder que tem em sala de aula. Um exemplo real aconteceu ontem em casa: meu enteado, que nunca quis “nada” com pães integrais, simplesmente aboliu o francês de seu lanche …. “simplesmente” porque um professor de ciências (tal qual o amigo Leo) deu em aula uma “explicação científica” que o convenceu. Ou seja, independente das reportagens ou mesmo da saliva maternal, a tomada de decisão veio de uma “aula bem dada em sala”.

    A tecnologia vem para agregar sim, mas vocês, docentes, não devem se esquecer de manter a interatividade com os alunos. Não basta uma tela em frente às mentes abertas a informações, mesmo porque, quando se abre a Internet, são “bilhões” de hipertextos, que sem um tutor/mentor/educador/orientador, mostrando o caminho para o entendimento, servirá somente como entretenimento.

    Ser docente é ter a tarefa de educar, com o difícil desafio de inovar … sempre! Vocês tem o “poder” da transformação .. continuem como tantos “Leos”, os quais, alguns, tive o prazer de conhecer.

    Um forte abraço a todos …

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  23. Ótima anedota, história ou fato real. Mas ao que me conta Fabula “é uma história onde animais são retratados como se fossem humanos”… Será que estão comparando o mestre giz com algum animal?…

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  24. Muito verdadeiro. Uma fábula que nos faz pensar muito sobre nosso cotidiano escolar, nossos desafios, alegrias, tristezas.
    Gostaria de utilizar o texto em minha escola.

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  25. Excelente a fábula. Façamos uso das novas e das antigas tecnologias, dosando na medida certa, de foram que o processo de aprendizagem de nossos educandos melhorem.

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  26. Acredito que tudo neste mundo evolui através dos estimulos externos, até as pessoas, elas querendo ou não. Por este motivo a importância do professor que pretende manter a sua profissão e no mercado de trabalho deverá evoluir constantemente com os alunos, que hoje são clientes e não serão os mesmos a cada ano.

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  27. Acabo de fazer uma especialização em Tecnologia Informação e Comunicação na Educação e utilizo em minhas aulas o laboratorio de informatica mas jamais deixarei de dar valor ao conhecimento e competencia de professores que não utilizam as tecnologias. O professor tem que estar preparado para a atualidade e acompanhar o desenvolvimento tecnologico que o aluno está acostumado.
    Precisamos uma formação constante buscando novos recursos para atrair nossos alunos atuais.

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  28. Hoje em dia o professor que não se atualizar , capacitar e adaptar às novas tecnologias de ensino, terá uma enorme dificuldade de ter um bom desempenho de suas funções, pois além de não conseguir acompanhar seus alunos, não vai motivá-los.

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  29. Excelente !!!!
    Porém o uso do giz, simplesmente, realmente nào resolve e vai ser substituído. Não que nào devamos utilizar novas tecnologias, mas antigas, nào na sua negação, mas na falta de outros recursos, às vezes, ainda funcionam e causam espanto , pelo uso do conhecimento.
    Abraços

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  30. É sempre necessário refletir sobre a prática,incorporando novas tecnologias,sem deixar de lado o humano de cada um e o antigo para avaliação. Belo depoimento do Léo, demostrando conhecimento e habilidade na condução do processo educativo.

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  31. Estou muito fascinante o mestre giz, porem a tecnologia esta ai para nos desafiar ou melhor mudarmos o nosso conceito

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  32. Muito importante e atual tudo que é novo nós tememos, eu principalmente fico rubrorizada até entender como funciona a coisa???

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  33. Ficção ou realidade, não importa. A “lição” é clara, insofismável. Educação não se faz coms alas de aula e computadores. A palavra é pequena, mas a extensão semântica é enorme. Uma pena que as “coisas” estejam absolutamente “invertidas”… Falar, falar, falar… mas continua “tudo como dantes no quartel de Abrantes”, pelo menos, do Abrantes do século XXI… Será que as pessoas se esqueceram de que o futuro e o presente necessitam do passado para existitem???

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  34. Muito interessante e atual! O novo é difícil a qualquer tempo! O fato das novas ferramentas incomodaram ao Mestre Giz, já é um bom começo.

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  35. Amei a fábula, como também aos depoimentos que não excluem as benesses do “Mestre Giz”. Sou professora de escola pública há 32 anos, estudei a vida toda com o auxílio de um “Mestre Giz”… O problema não está aí, pois, como bem disse alguém que me antecedeu, o problema está, muitas vezes, em quem segura o giz na sala de aula.
    Atualmente estou tendo o privilégio de trabalhar com EAD, mas tenho plena certeza de que as duas modalidades são necessárias e válidas, cada qual em seu momento certo; uma não pode nem deve excluir a outra. Devemos, sim, aprender a usá-las sempre que necessário a serviço da melhoria da educação em nosso país. Que bom que hoje temos a possibilidade de inovar, de nos juntar às TICs, enfim, diversificar nossas ações educativas…

    Um grande e fraterno abraço a todos!

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  36. Mestre Giz é um cara inteligente. Aos poucos está percebendo que pode trabalhar muito bem em conjunto com os inovadores que estão chegando, percebe que só precisa mudar se enfoque, seu olhar.
    O problema de usarmos o novo é que teimamos em desmerecer o antigo e com isso esquecemos de nossos valores e de nossa história. Fui educada pelo mestre giz e sou muito grata a ele. Inovar não significa romper com o antigo, não é subtrair, é multiplicar!
    Grande abraço

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  37. Acredito que tudo na vida tem sua utilidade. Que ótimo que podemos atualmente contar com salas TICs, classmates, notebook e lousa digital…tudo para a facilitar nossa vida e deixar nossas aulas mais dinâmicas e interativas.

    Abraços JC

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  38. Infelizmente ainda há muitos professores que não perceberam que os alunos mudaram, que não é mais possivel dar a mesma aula que se dava a 10, 20 anos atras.
    Acredito que há várias escolas, que não possuam as novas tecnologias, mas o ensino não depende delas para ser inovador. quem precisa se renovar são os professores que insistem em viver do passado.
    Já nas escolas que possuem, os professores precisam acordar e utilizar as novas tecnologias para realmente ensinar e não passar tempo.
    Tudo é uma questão de como vemos a educação.

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  39. Fabuloso esse mestre giz, o prof. Léo. É claro que a era do giz vai deixar alguma saudade. Lembro da professora se esticando para escrever nas partes mais altas do quadro verde e deixando a gente ver um palmo de pernas acima do joelho. Que delícia! Depois ela se virava e ao perceber-nos embasbacados no mundo da lua, ou melhor de vênus, ela pegava o pedaço de giz que tinha na mão e jogava na gente. Éramos felizes e não sabíamos.
    Um abraço Mestre Power Point.
    Fernando

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  40. Concordo que os professores devem entrar na era digital mas não precisam matar o professor giz pq ele ainda é muito útil.O ideal é adaptar o antigo com o novo.

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  41. Eu sou o Mestre Giz! Sim, a tecnologia do Giz é fabulosa! De início os alunos me enxergam lá na frente da sala com um giz numa mão e uma vareta cilindrica (jacarandá) de 1 m de comprimento na outra; estou presente e sociabilizo-me com a turma.
    Então, de uns 2 m de altura, deixo o giz cair e faço a previsão de que deverá ter-se quebrado em 3 partes … a turma confere; deixo cair outro e digo que quebrará em duas partes … a turma confere; deixo cair um terceiro para quebrar em duas partes … a turma confere e eu explico o CG, o CP (centro de percusão) e as forças de inércia envolvidas na questão.
    Pego um quarto giz e torço-o; ele quebra a 45º … a turma confere e eu explico a constituição material do giz, sua fórmula química, sua produção e analiso o determinante do tensor das tensões, justificando a quebra a 45º. Explico também a cúspide que se forma na região da quebra!
    Com os pedaços de giz (catados no chão) coloco no quadro, passo a passo, as etapas tanto das quedas como da quebra … coloco as legendas; capricho nas letras e na ortografia … comento o porque do giz ser com z e não com s — a Gisele adorou! Não tanto quando lembrei de “Gisele” uma pornochanchada dos anos 80 e que passa todos os meses no Canal 62 da SKY!
    A vareta e o giz se reunem para elucidar a Alavanca de Arquimedes, a Balança Ordinária, a Balança Romana e a solução Roberval para as balanças … a turma confere!
    Ah! Outro dia levei para a Sala de Aula um CDRom, bem equilibrado num eixo vertical, capaz de girar no plano horizontal praticamente sem atrito; uma borracha sustentava um clipe aberto próximo da periferia do CD … um bastão atritado com seda e levado ao clipe fez o disco girar … a turma conferiu.

    O problema realmente não está no GIZ e sim quem o segura!

    Sabe o que é GISO? Sim, além de um fraco trocadilho é a ordem para o traçado do raio de luz que permite ao observador G ver a imagem I conjugada pelo sistema óptico S do objeto O.

    Ciência se faz, se manipula, se torce, se ajusta … ciência não foi feita para ser vista numa projeção com data-show com os alunos sentados em cadeiras estofadas!

    Que venham as pedras … não tenho telhado.

    Léo

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    • Prof. Léo !
      O que acontece é que não damos o tempo que necessitamos para aprender a observar e se envolver com as tecnologias….

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  42. Olha, não é por nada não, mas… é o retrato fiel da realidade. Posso incluir este texto em um trabalho meu? Citando o autor, é claro.

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  43. Quando nada muda da mentalidade, nada muda. O mestre giz achou foi ótimo. Ainda ontem encontrei um deles. Lligou o data-show, deixou os alunos assistindo a aula e estava batendo um animado papo na cantina.

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  44. Não me vejo como Mestre Giz, no entanto sei que a responsabilidade não é dele. Se os investimentos não fossem apenas nas máquinas, provavelmente estas seriam muito mais utilizadas.

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    • Bia,
      Concordo com você em parte. Não é culpa só do Mestre Giz, mas também não é culpa de investimentos só nas máquinas. Conheço projetos e redes de ensino que investem na formação continuada de professores nessa área e a quantidade de colegas que mesmo tendo acesso a “toda essa parafernália”, nada fazem para mudar a realidade de suas aulas.

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