Uso pedagógico do Datashow


Projetando imagens

Cinema na escola
Já houve um tempo em que algumas escolas tinham até salas de projeção.

No princípio tudo era trevas, então inventaram a projeção da luz e o cinema se fez.

Claro, todos adoramos o cinema, e a escola não poderia deixar de usar também essa tecnologia.

Algumas escolas públicas, do tempo em que a burguesia estudava nelas e o estado investia no ensino dos poucos que a frequêntavam, chegaram ao primor de possuírem grandes anfiteatros com projetores de cinema.

Eu estudei em uma delas! Idos tempos que não voltarão jamais.

Episcópio
O episcópio, ja fora de uso.

Com o passar do tempo surgiram tecnologias mais portáteis, flexíveis e móveis para a projeção de imagens em anteparos fixos, como o episcópio, o projetor de slides e o retroprojetor, dentre outros.

A figura ao lado mostra um episcópio, para a alegria dos mais saudosistas. Esse aparelho era usado para projetar as páginas de um livro (coisa rara naquele tempo) diretamente em uma tela, bem como fotos ou quaisquer outros objetos opacos com dimensões compatíveis com o aparelho.

E assim, evoluindo sempre, a tecnologia de projeção chegou ao projetor de slides multimídia, também conhecido como Datashow. É dele que vamos tratar nesse artigo, ou, mais especificamente, dos usos pedagógicos que podemos fazer dele.

Usando o datashow na aula
Usando o datashow na aula

Um datashow apenas projeta imagens em um anteparo, mas tem a vantagem de usar a tecnologia digital.

Com essa tecnologia podemos projetar imagens estáticas ou em movimento e, além disso, podemos sincronizar a projeção da imagem com uma trilha sonora emitida por algum outro aparelho.

Resumindo: tudo aquilo que podemos visualizar em uma tela de um computador pode ser também projetado por um datashow. E isso nos permite uma flexibilidade de uso incrível.

Requisitos de hardware para usar o datashow

Para usar o datashow é preciso, além dele próprio, de uma fonte de imagens digitais. A forma mais eficaz de se obter essa fonte, na maioria das escolas, consiste em ter um computador ligado ao datashow. E, muito embora qualquer computador sirva, inclusive os de modelo desktop (computadores de mesa), é muito conveniente que se use um notebook.

Notebook + som
Notebook + som

Além do par notebook+datashow, se você pretende usar uma trilha sonora, será preciso ter um aparelho capaz de amplificar o som do notebook (uma caixa de som amplificada) para que a classe toda possa ouvir.

Há no mercado mini-caixas acústicas muito baratas e suficientemente boas para atender essa necessidade.

Transportar esse kit, datashow+notebook+som, para a sala de aula, não é difícil e, pode (e deve) ser feito pelo próprio professor.

Montar o kit também é fácil e não requer mais do que três minutos. Basta conectar o cabo de vídeo entre o datashow e o notebook, conectar o cabo do som à saída de som do notebook e então conectar os cabos de energia dos dois aparelhos à tomada.

É claro que já existe no mercado minidatashows que cabem na palma da mão e que possuem som e memória de armazenamento para dados. Ou seja, já temos aparelhos que dispensam o notebook e as caixas de som, além de poderem ser ligados ao celular, a um iPad, um tablet, enfim, a qualquer coisa que forneça dados digitais.

Mini Datashow
Um dos mini Datashows já disponíveis no mercado

No entanto, esses aparelhos ainda são muito caros ou bastante limitados em termos de potência. Talvez em alguns meses já tenhamos aparelhos bem melhores e com mais funcionalidades por preços acessíveis e com melhor qualidade.

Seja lá qual for o kit que você disponha, o foco desse artigo é o que vem a seguir: o uso pedagógico do datashow.

Requisitos “do ambiente” para usar o datashow

1 – definindo o local de projeção das imagens

O local onde o datashow será usado tem sido um fator limitante para seu uso em muitas escolas. Muitas pessoas imaginam que seja preciso ter uma “sala especial”, com telão e sistema de som, além de um local “fixo” para o datashow. Porém, nada disso é necessário.

O telão nem foi incluído nos itens de “hardware” necessários porque pode ser substituído por qualquer parede clara da própria sala de aula, preferencialmente uma parede branca. O melhor ajuste da imagem projetada se obtém aproximando ou afastando o datashow dessa parede e ajustando o foco manualmente no próprio aparelho.

Esse ajuste pode tomar como parâmetros dois fatores: tamanho e qualidade da imagem. Quanto menor o tamanho da imagem, mais brilhante e definida ela é e, quanto maior, mais atenuada e menos nítida ela se parece. Além disso, se a imagem for muito pequena ou muito grande ela poderá não ser suficientemente visível para todos os alunos da classe.

Uma dica que tem funcionado consiste em projetar uma imagem com uma altura igual à altura da área de escrita da lousa (entre 1 m e 1,5 m), ou pouca coisa maior que isso. Alunos que enxergam a lousa enxergarão ainda melhor a imagem projetada.

No entanto, projetar na própria lousa é um problema, pois poucas têm fundo branco. O canto da parede, ao lado da lousa, ou o espaço de uma das paredes laterais, próximo à lousa ou, ainda, a parede do fundo da sala, podem ser boas alternativas.

Em casos mais extremos, quando não há nenhum espaço para projeção nas paredes da sala, ainda resta o recurso de um telão ou de um quadro branco móvel.

2 – definindo a luminosidade

Como a imagem projetada no anteparo (parede, telão, lousa, etc.) concorrerá com a luz de fundo do ambiente, o ideal é deixar o ambiente em situação de penumbra.

Um ambiente muito escuro dispersa os alunos e dificulta a observação do professor, além de dificultar que o aluno possa fazer anotações em seu caderno durante a atividade. Um ambiente claro demais dificultará a visualização das imagens projetadas.

O meio termo é a situação que permite que qualquer aluno enxergue bem o seu caderno, que o professor exergue bem todos os seus alunos e que todos na sala enxerguem bem as imagens projetadas.

Em salas com pouca penumbra procure reduzir o tamanho da imagem projetada para que ela fique mais nítida e brilhante.

3 – definindo as condições acústicas

Se sua atividade requer o uso de sons, procure apontar as caixas acústicas para os cantos da parede oposta onde estão o projetor e as caixas de som. Use caixas amplificadas, ainda que sejam “mini caixas”, e negocie anteriormente com os alunos as condições de silêncio durante a apresentação.

Se sua escola tiver muito ruído de fundo vindo das demais salas, procure manter portas e janelas fechadas durante a apresentação.

Requisitos pedagógicos para usar o datashow

Como qualquer recurso pedagógico “tradicional” que já usamos em nossas aulas e atividades, o uso do datashow envolve objetivos, planejamento, estratégias didáticas e avaliações. Para usá-lo é preciso ter:

  1. Um objetivo pedagógico claro: O que você quer que o aluno aprenda com essa aula? Que habilidades e competências serão trabalhadas?
  2. Uma justificativa didática: Porque o datashow vai possibilitar um melhor aprendizado em relação aos recursos “tradicionais”? Qual é o ganho didático?
  3. Um planejamento do uso: Quanto tempo vai durar a atividade? O que será mostrado, e de que maneira farei isso? Como vou conduzir a atividade?
  4. Uma avaliação da aprendizagem e do uso do recurso: Como vou avaliar os resultados da aprendizagem dos alunos? Como saberei se o uso do datashow foi realmente mais eficiente do que os métodos “tradicionais”?

Os objetivos pedagógicos podem ser os mais variados e geralmente estão relacionados aos “conteúdos” ou, melhor dizendo, às competências e habilidades que serão trabalhadas. Teoricamente todo professor é capaz de ter esses objetivos claros antes de realizar qualquer atividade.

A justificativa didática para o uso do datashow pode não ser “tão óbvia” quanto o objetivo pedagógico, pois escolher o uso do datashow, em detrimento de outros recursos “tradicionais”, envolve um certo conhecimento sobre as novas possibilidades que as TICs nos oferecem.

O planejamento da atividade demanda as mesmas habilidades que o professor já tem para planejar suas aulas “tradicionais” e requer, ainda, que o professor tenha uma boa idéia das facilidades e dificuldades que enfrentará ao usar o datashow (transporte, montagem, desmontagem, etc.), de forma que possa explorar os pontos favoráveis e minimizar os pontos desfavoráveis.

Por fim, a avaliação da aprendizagem também já é uma prática rotineira do professor, mas agora será preciso avaliar também se o uso do datashow promoveu, de fato, uma aprendizagem melhor, ou se não houve nenhum impacto na aprendizagem do aluno em comparação ao que era de se esperar usando os métodos “tradicionais”.

Tudo isso, da forma como foi dito acima, é muito vago e nos ajuda pouco. Para não cairmos na tentação de dizer que “cada professor saberá escolher seu caminho, definir suas prioridades, objetivos, estratégias, etc.”, como tantas vezes ouvimos quando nos falam do uso pedagógico das TICs, vamos explorar algumas possibilidades, a título de exemplo e, depois, veremos algumas sugestões de atividades.

Uso do datashow como ilha de edição de vídeo

A TV, o videocassete (já quase extinto) e o DVD, são recursos que muitos professores já utilizam e, geralmente, estão associados a atividades onde os alunos trabalham com filmes, documentários, ou trechos de vídeos com conteúdos potencialmente interessantes para a aprendizagem de um determinado tema.

Todos esses recursos podem ser substituídos com vantagens pelo datashow, pois além dele permitir a apresentação desses vídeos em uma tela maior do as telas de TV comuns, também é possível ter um controle muito maior sobre a projeção ou a edição das imagens.

Esse controle não deriva diretamente do datashow, mas sim do uso do computador. Com o player do computador é possível parar o filme em qualquer momento e destacar um trecho da imagem, saltar para qualquer outra posição, ampliar e reduzir a imagem, etc.

Além disso, com o computador e algum software de ediçao de imagem ou vídeo, é possível inserir comentários, recortar trechos, fazer montagens, modificar a trilha sonora, e até mesmo criar efeitos especiais.

O datashow não é apenas uma TV de tela gigante, ele é uma ferramenta que, em parceria com o computador, torna-se uma ilha de edição de vídeo, som e imagem, permitindo assim adaptar os vídeos apresentados em função dos objetivos próprios da atividade.

Uso do datashow como projetor de slides

Aqui vale a pena ver, ou rever, o artigo “Uso pedagógico de apresentações de slides digitais“, postado nesse mesmo blog e, que trata de forma mais aprofundada o uso pedagógico das apresentações de slides digitais. Essas apresentações são meios poderosos para apresentar idéias de forma sintética e elegante.

O uso do datashow, e do computador acoplado a ele, permite também que apresentemos galerias de imagens sem ter que inserir essas imagens em slides. Isso nos dá bastante flexibilidade para navegar entre imagens e mesmo para modificá-la-las “just in time” (no momento da aula).

O mesmo vale para pequenos textos (como trechos de poesia), resumos, gráficos e tabelas que temos armazenados no computador ou que podemos baixar da internet. Substituir a apresentação de slides pela apresentação direta desses documentos pode ser vantajoso, em alguns casos, pela maior flexibilidade que teremos para manipulá-los.

No entanto, ao substituir a apresentação de slides pela apresentação direta de imagens e textos, é preciso estabelecer um roteiro bem planejado de apresentação (como se fossem slides mesmo!) e garantir que a visualização das imagens projetadas não seja comprometida pela formatação (tamanho da letra, cores, etc. – veja o artigo sobre as apresentações de slides).

Uso do datashow como ferramenta interativa

As imagens são estáticas, os vídeos são dinâmicos, mas as simulações e o uso de softwares que nos permitem a edição “just in time” nos permitem a interação e a construção colaborativa.

Um texto pode ser construído colaborativamente pela classe enquanto projetado por um datashow. Laboratórios virtuais podem mostrar o andamento de reações químicas e seus parâmetros podem ser ajustados durante a apresentação. Simuladores, animações em flash e softwares interativos podem ser usados de forma colaborativa pela classe toda quando usamos um datashow.

O fato do datashow projetar na tela tudo aquilo que estiver sendo visto na tela do computador nos permite compartilhar o computador do professor com toda a classe. O limite para o uso desse recurso só depende do limite da nossa própria criatividade.

Uso do datashow como internet compartilhada

Um uso muito especial e compartilhado do datashow ocorre quando temos acesso a internet no computador ligado ao datashow. Esse acesso e a possibilidade de compartilhar a tela do computador nos permite “navegar na internet junto com a classe”. Isso é bastante útil quando pensamos no potencial de uso das ferramentas de web 2.0 disponibilizadas na própria internet, como o Google Maps, o Youtube, os museus virtuais e a infinidade de objetos educacionais disponíveis na rede.

Muito melhor do que criticar a falta de habilidade do aluno ao usar a internet para pesquisar, por exemplo, é ter esse recurso em mão para mostrar aos alunos como devem pesquisar e estudar usando os recursos da rede.

Muitas aulas podem ser replanejadas tendo em mente que além dos recursos estáticos do livro didático temos também a disposição a internet e seus múltiplos recursos dinâmicos, a multimídia e os objetos educacionais da web 2.0. Reconstruir o currículo à partir dessa perspectiva pode tornar as aulas muito mais ricas e interessantes, além de possibilitar aos alunos uma melhor compreensão de como a rede pode ser usada para seus estudos.

Uso do datashow pelos alunos

Evidentemente o professor não é, e nem pode ser, o único usuário do datashow na escola. O aluno também é seu usuário na medida em que o professor migrar a forma de apresentação de trabalhos e seminários para essa ferramenta.

Já foi o tempo em que os alunos iam para a frente da sala segurar uma cartolina decorada com recortes de livros e revistas e ficavam lendo tiras de papel com anotações sobre o assunto que estavam apresentando. Com o uso do datashow agora os alunos podem apresentar trabalhos na forma de apresentações multimídia (slides, filmes, músicas, etc.).

Usar o datashow para essas apresentações dos alunos não é importante apenas porque torna os trabalhas melhores (estética e qualitativamente), mas principalmente porque ao longo de suas vidas eles não encontrarão nenhum outro lugar no mundo, além dos muros da própria escola, onde a apresentação de um trabalho, um seminário ou uma exposição de resultados seja feita usando-se cartolinas. O mundo mudou!

Alguns exemplos de uso possível do datashow em situação de aula

Geografia:

O professor de Geografia está trabalhando com mapas e localização em mapas. A ferramenta web 2.0 mais adequada para isso seria o Google Maps, onde ele pode localizar o próprio bairro da escola e mostrá-lo, tanto em fotografias aéreas tiradas por satélite quanto por meio dos mapas de ruas.

Google Maps
Usando o Google Maps no datashow

Uma imagem estática, como a acima, já é uma boa ajuda, mas usando o datashow e um notebook conectado à internet o professor pode explorar diferentes escalas, pode navegar por bairros da cidade, etc. Alternativamente o professor pode usar as imagens de satélite e explorar o relevo, a situação de ocupação do solo, a vegetação e a arborização dos bairros, etc. As possibilidades são muitas.

Entre uma “aula expositiva estática” e uma “aula expositiva dinâmica”, onde o aluno também pode opinar sobre o que deve ser mostrado, por exemplo, há um ganho pedagógico considerável sobre as aprendizagens possíveis.

Nesse exemplo (bem simples) o aluno também compreende que “pode fazer isso em casa”, descobre que esse recurso lhe dá diversas possibilidades de “descobrir o espaço onde vive” e toma conhecimento de uma ferramenta web 2.0. Além da aprendizagem específica da área de geografia, o aluno também aprende que no mundo onde ele vive hoje os mapas já não vêm enrolados em grandes papéis que o professor pendura na lousa.

Física:

Imagine que o professor de Física quer mostrar para seus alunos como é a disposição do campo elétrico criado por um par de cargas elétricas de sinais opostos. Ele pode fazer isso usando o recurso da lousa e giz, desenhando linhas de campo e apelando para a capacidade do aluno poder enxergar no espaço tridimensional aquilo que ele está desenhando no espaço plano da lousa. Mas, com um datashow ele pode fazer melhor.

Usando um applet java que pode ser baixado para o computador, ou mesmo acessando esse applet pela internet, ele pode mostrar como é esse campo elétrico no plano ou no espaço, pode variar parâmetros, usar várias cargas elétricas e até mesmo girar as figuras no espaço, selecionar diferentes planos de visão, etc. É um universo completamente novo e repleto de possibilidades.

Campo elétrico
Formato das linhas de campo de um campo elétrico gerado por dipolo

Assim como no exemplo anterior, se o professor está usando um recurso disponível na internet, ele pode passar a seus alunos o endereço do recurso para que eles possam acessá-los de suas casas ou da sala de informática da sua escola.

O ganho pedagógico é óbvio, pois o aluno terá muito mais facilidade em visualizar esses campos no espaço. Didaticamente falando, temos agora possibilidades muito maiores de explorar os conceitos e produzir sequências didáticas melhores e, na prática, o professor ganha o tempo que perderia fazendo desenhos na lousa para poder se dedicar mais à discussão do tema com os alunos.

História:

Digamos que o professor de história esteja trabalhando com o período do golpe/revolução de 64. Os livros didáticos trazem imagens sobre esse período e o professor tem um vasto conhecimento sobre o tema. Mas e se ele também tivesse vídeos, com sons e imagens da época? E se quisesse ilustrar a aula mostrando também alguma música da época e sua letra? E se quisesse transportar o aluno para o clima da época mostrando capas de jornais desse período?

Certamente o professor pode fazer tudo isso sem o datashow, mas poderá fazê-lo de forma bem mais simples e rica usando esse recurso. No Youtube ele encontrará diversos vídeos e músicas da época. Sites de jornais e revistas disponibilizam as publicações dessa época. Há sites onde se pode encontrar as letras de músicas, etc., etc. São muitas as possibilidades e elas dependem apenas de como o professor planeja sua aula. Daí a importância do planejamento e da preparação da aula.

Arte:

O professor está trabalhando com o movimento artístico do renascimento. Ele poderá usar o livro didático, onde certamente encontrará algumas obras, e poderá trazer (ou obter em sua escola) algumas pranchas com obras da época. Mas que tal visitar um museu estando na própria sala de aula?

O Google Art Project colocou 17 museus na internet usando sua tecnologia Street View, que permite andar pelas ruas como se estivesse nelas (disponível no Google Maps). Então, que tal levar seus alunos virtualmente para um passeio real no museu? É claro que entre as obras que o professor quer mostrar haverá muitas outras para serem vistas. Isso despertará a curiosidade dos alunos? Acrescentará algum valor extra à atividade? A resposta é um sonoro SIM!

Museu Virtual
Museu virtual onde o aluno pode “andar pelo museu”

Alguns museus virtuais expõem também suas esculturas em três dimensões. Em outros você pode encontrar imagens com boa resolução, onde se pode fazer ampliações na tela que permitem visualizar os detalhes das pinceladas do artista.

É claro que os alunos podem visitar sozinhos os museus virtuais se o professor lhes fornecer alguns links da internet e se eles tiverem acesso aos computadores e à internet em casa ou na escola, mas uma “visita orientada” pelo próprio professor pode ser um excelente recurso para introduzir o aluno no mundo da arte e despertar sua sensibilidade para a apreciação das obras. Isso é possível se o professor fizer essa “primeira visita orientada” usando um datashow e um notebook conectado à internet.

E as outras disciplinas?

Acho que já está bastante claro, pelos exemplos anteriores, que as possibilidades são imensas e que dependem de como o professor planejará suas aulas, do conhecimento que ele tiver sobre os recursos disponíveis na internet e na escola e, finalmente, da sua capacidade de gerir o currículo de um ponto de vista mais autônomo, onde ele, professor, passa a ser o ator principal no planejamento de suas aulas, ao invés de deixar isso por conta apenas dos livros didáticos disponíveis.

Esse artigo já está grande demais e vou pedir escusas por não incluir exemplos de outras disciplinas, mas se o leitor quiser colocá-los em comentários para esse post, todas as sugestões de uso do datashow em aula serão bem vindas.

Além de usar também é preciso cuidar

O datashow ainda é um aparelho frágil e caro e, por isso mesmo, é preciso cuidar bem dele. Aqui vão algumas sugestões para evitar “acidentes” com o datashow e para prolongar seu tempo de vida.

  1. Transporte e armazenamento: transporte com cuidado e sempre dentro da bolsa onde ele é guardado. Evite pedir que os alunos transportem o datashow, pois eles podem não ter lido esse artigo e podem não saber que cuidados tomar. Guarde em lugar seco e arejado e nunca coloque outros objetos sobre o datashow. Guarde sempre desmontado e mantenha seus cabos (de vídeo e de energia) guardados na mesma bolsa onde guarda o aparelho, no local apropriado dela.
  2. Ligamento e desligamento: Ao ligar o aparelho pode ocorrer de ele demorar para começar a funcionar. Não tenha pressa e lembre-se de que não adianta “bater nele”. Ao desligar faça-o pelo aparelho e aguarde que ele mesmo se desligue antes de retirar o cabo de força da tomada (os aparelhos “se resfriam” antes de se desligarem).
  3. Manipule com cuidado: o datashow é frágil e tem componentes que podem se danificar devido a choques. Evite trepidações, batidas e chacoalhões. Obviamente o datashow não gosta de tomar banho, fica irritado com a poeira do giz e não quer ser derrubado. Lembre-se: cuidado, frágil!
  4. Monte em local adequado: Ao montá-lo sobre uma mesa ou carteira, certifique-se de ninguém vai passar por alí e “tropeçar” na mesa ou nos cabos de energia. Muitas quebras de datashow ocorrem por essa razão. É sempre bom explicar isso para os alunos e “isolar” a área próxima ao local de montagem do aparelho.
  5. Aumente a vida útil da lâmpada: a parte mais cara do datashow (custa quase o preço dele próprio) é sua lâmpada. Ela tem uma vida útil limitada e um dia vai queimar-se naturalmente, mas você pode prolongar o tempo de vida dessa lâmpada se evitar batidas no aparelho, não deixar o datashow ligado enquanto não o estiver de fato utilizando e, sempre que for fazer uma pausa na apresentação, colocá-lo no modo de “tela branca” (os aparelhos têm uma opção de “não projetar nada” para economizar o uso da lâmpada quando necessário). Além disso, há regulagens “econômicas” no próprio aparelho.

Conclusões e reflexões sobre o uso do datashow

O uso do datashow em sala de aula possibilita uma abordagem inovadora do currículo, permite a inserção de ferramentas colaborativas nas práticas pedagógicas, amplia o universo de informações que o professor leva para a sala de aula, torna mais simples determinadas atividades expositivas em que o professor precisa se empenhar muito na lousa, liberta o professor da tirania do livro didático, possibilita aos alunos aprendizagens diretamente ligadas ao mundo digital moderno onde ele vive e torna as aulas mais interessantes, dinâmicas e ricas em possibilidades.

Em contrapartida, o professor é muito mais exigido no campo de suas competências como educador, precisa dedicar um tempo extra à pesquisa de recursos na internet, tem que fazer planejamentos de aula “de fato” (e não apenas “pro-forma”, como muitas vezes ocorre) e, claro, tem que dispor dos recursos necessários em sua escola. Além disso, como o uso da tecnologia digital ainda está bastante sujeito a interpéries diversas, é sempre preciso ter um “plano B” que permita o desenvolvimento da aula quando o datashow não estiver disponível.

Do ponto de vista da gestão e das políticas de governo, caberia salientar que o perfil do professor que utiliza as TICs e o datashow em sala de aula requer uma visão diferente do que se entende comumente por “carga horária”, pois preparar boas aulas ao invés de apenas seguir a receita dos livros didáticos requer um tempo de trabalho fora da sala de aula maior do que o tempo necessário para apenas “preparar-se para usar o livro didático”. Esse tempo extra não é esporádico e não diz respeito as “formações continuadas”, ele é um “tempo novo”, contínuo e necessário que faz parte desse novo paradigma de escola com currículos e práticas baseadas na web e nas TICs.

Para consultar na internet:

(*) Para citar esse artigo (ABNT, NBR 6023):

ANTONIO, José Carlos. Uso pedagógico do Datashow, Professor Digital, SBO, 06 abril 2011. Disponível em: <https://professordigital.wordpress.com/2011/04/06/uso-pedagogico-do-datashow/>. Acesso em: [coloque aqui a data em que você acessou esse artigo, sem o colchetes].

80 comentários sobre “Uso pedagógico do Datashow

  1. Na biologia também há inúmeras possibilidades, como por exemplo assistir a um vídeo com a filmagem da divisão celular, assim o aluno poderá entender que a Mitose é um processo dinâmico que que suas fases são criações humanas para entender e descrever o processo. Diminui o decoreba e aumenta a compreensão.

    Há recursos para que o professor possa baixar os vídeos e não depender da internet no momento da aula. Como recurso ao Datashow, é possível aprofundar conteúdos que muitas vezes não haveria tempo para abordar usando métodos tradicionais, como por exemplo, “como o câncer se desenvolve?”, que pode surgir como pergunta em algum momento e o professor pode ter a atividade preparada, ligando com o conteúdo de divisão celular e explicando que as células cancerosas perdem um ou mais regulações da divisão celular:

    Muitos desses vídeos são curtos e didáticos para serem apresentados no ensino fundamental, introduzindo conceitos que em outras épocas eram vistos apenas em níveis mais avançados, como por exemplo, as organelas celulares:

    Na ausência de recursos, o uso de vídeos e aplicativos pode substituir uma atividade em laboratório físico, como por exemplo o estudo do corpo humano:
    https://www.youtube.com/watch?v=hAyuAYsbrsU (o conteúdo interessante começa realmente aos 4 minutos); ou ou o estudo de doenças e o sistema de defesa do corpo:

    Os próprios alunos podem produzir vídeos curtos a partir de seu aprendizado, como por exemplo, filmar com o telefone celular pássaros que ocorrem no ambiente escolar ou doméstico. A apresentação posterior para o restante da classe pode ser feita através do Datashow.
    Além disso, a internet é rica em vídeoaulas que podem ser acessadas para revisão de conteúdo, assim o aluno ganha autonomia para estudar desde o ensino básico.

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    • Olá ricsuell,

      O projetor multimídia e o computador ligado a ele podem já estar montados na sala que será utilizada, que pode ser a própria sala de aula ou outra preparada para isso ou, ainda, podem ser levados para a sala de aula (ou outra) e montados antes do uso. Isso depende da infraestrutura da escola. Algumas escolas não dispõem de infraestrutura adequada e, nesses casos, o próprio professor acaba tendo que fazer a montagem e desmontagem. Entre a situação ideal e a situação real as vezes vai uma distância muito grande.

      Pelo “tom” da sua pergunta me pareceu que na sua escola não há infraestrutura e você é quem fica encarregado(a) de fazer a montagem e desmontagem. Nesse caso, se for esse o caso, é preciso planejar as atividades que fazem uso do equipamento de projeção incluindo ai o tempo necessário para essa montagem e desmontagem. Isso faz parte da “logística” de uso. Algumas vezes, dependendo da gestão da escola, é possível conseguir apoio de outros profissionais ou colegas, em outros casos isso não acontece.

      Quando as condições para o uso são difíceis há uma tendência natural ao abandono do equipamento, pois seu uso parece implicar num “custo” elevado em termos de tempo, cuidados e logística. Se essa for sua situação o uso ou não do equipamento vai depender da sua capacidade de planejar e criar uma logística de uso, bem como de sua disposição para querer usar esse equipamento.

      Abraço.

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  2. Muito bom! Pretendo dinamizar minhas aulas, acabei de comprar um datashow, esperar que a escola disponibilize é um enfado que acaba em desistência.

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  3. Muito bom o relato das possibilidades do datashow em sala de aula . Os maiores beneficiados serão os alunos!!!!!

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  4. Gostei muito a descrição do sou do data show e da possibilidades de trazer o mundo para a sala de aula !Parabéns

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    • Olá Nylma,

      Você pode começar relendo esse artigo, consultando os links sugeridos, buscando mais informações na internet e pedindo orientação diretamente para o professor que lhe solicitou o projeto.

      Boa sorte.

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  5. otimo. Olá professor, sou aluna do curso de pedagogia e preciso fazer um slide (power poin) sobre o datashow: inicio, como surgiu como se formou, como usalo, e planejar uma atividade tambem e definir a serie. poderia me ajudar com algumas ideias. e sobre a atividade estava pensando num video/filme pedagogico que fosse bem legal, mas com duração de uns 20 minutos o video/filme.

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    • Olá Elaine,

      Esse artigo que você acaba de ler traz um pouco de informação sobre o datashow (projetor multimídia) e links, no final, para mais materiais de consulta. Além disso, uma busca no Google usando termos adequados, como “história do datashow”, por exemplo, pode retornar muita informação útil.
      De qualquer maneira você terá que resumir as ideias principais do texto para transformá-las em uma apresentação de slides. Essa é justamente a parte “inteligente” da tarefa que lhe deram.
      Boa sorte, bom trabalho e, se precisar de mais ajuda, é só escrever.

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    • Olá Volnei,

      Sim, é viável e um bom investimento. Na área de ensino de línguas (e na área de comunicação em geral) há muitas possibilidades. O segredo é pensar em “o que eu poderia fazer se o meu aluno pudesse ver e ouvir tudo aquilo que acontece na tela do meu computador?”, pois é para isso que o projetor multimídia (datashow) serve.
      Essas possibilidades vão desde a simples apresentação de uma projeção de slides multimídia (um Powerpoint) até o uso de filmes, mas passa pelo uso de softwares, etc.
      Outra boa dica é procurar na rede grupos, blogs e sites de professores de línguas que já se utilizam desse recurso.

      Abraço,

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    • Olá Sergio,

      Conforme dito no artigo, os projetores multimídia projetam qualquer coisa que seja enviada a eles. Quando ligados a um computador eles projetam aquilo que aparece na tela do computador. Projetores modernos já dispensam computadores e projetam diretamente de pendrives (mas, nesse caso, precisam de um software próprio para reconhecer e executar o formato da aplicação, como o power point, por exemplo).

      Abraço,

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  6. Estou maravilhada com as orientações em seu blog. Como professora iniciante na Educação Infantil usarei este recurso com os pequenos. Muito obrigada!

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  7. maaaaaaaaaraaaaaaaavilhosoooooooooooooo!!!!!!!!vc é uma luz no mundo. Que Deus te ilumine pela sua generosidade!!!!!!!

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  8. Olá! Sou professora, e queria adquirir um projetor multimídia que precisasse ou não de notebook e que fosse também de fácil transporte de uma sala a outra, ou seja, um mini projetor. O meu interesse é ter mais autonomia nas explanações, utilizando nas minhas aulas em salas que já tem um certa luminosidade. Eu queria saber se vale a pena comprar um mini projetor pelo custo e benefício, e por ter uma certa luminosidade na sala será prejudicada? Que características na pesquisa do modelo e marca do projetor eu tenho que me guiar? Quais as marcas indicação?
    Desde já agradeço, Carla.

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    • Olá Carla,

      Sinto não poder ajudá-la muito, pois há muitas marcas e modelos de mini-projetores no mercado e eu não trabalho com venda desses aparelhos, meu interesse neles diz respeito apenas ao uso pedagógico dos mesmos.

      Conforme você leu no artigo, a luminosidade afeta a imagem projetada, principalmente quando se projeta em tela grande (ou em uma área grande da parede). A dica é projetar em uma área menor, até obter um bom resultado.

      Faça uma pesquisa nos sites de ajuda com vendas, como o buscapé ou o bondfaro, por exemplo. Depois veja os detalhes dos aparelhos que lhe chamarem a atenção. Veja os comentários dos compradores e escolha seu mini-projetor. Acredito que dificilmente você comprará algum do qual vá se arrepender, mas é importante que você pondere o custo-benefício de cada aparelho para não acabar comprando um muito caro que tenha muitos recursos que você não usará ou, um muito barato que não terá os recursos de que precisa.

      Espero ter ajudado um pouco.

      Abraço,
      JC

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  9. Tem como usar o tablet com o “datashow” e as caixinhas de audio…existe essa possibilidade de funções com o tablet?
    Muito bom seu blog, caro colega!
    Parabéns

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    • Olá Junior,

      Você precisa verificar as saídas de vídeo do tablet e a existência de adaptadores para ela. Minha sugestão é que você consulte a empresa que vendeu o tablet ou a assistência técnica, eles saberão dizer como fazer a adaptação, caso ela seja possível, para o seu aparelho.

      Abraço,
      JC

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    • Comprei um Tablet Samsung com este uso em mente mas só consegui utilizá-lo para reprodução de áudio. O cabo HDMI compatível tinha somente nos Estados Unidos e agora nem lá tem para comprar. Testei o cabo existente para outro modelo de Tablet, mas não funcionou. Conseguiste usar o teu para esta finalidade?
      Um abraço, Miriam

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      • Olá Miriam,

        Você precisa de um adaptador Smasung HDTV, alem disso um cabo HDMI e um projetor com entrada HDMI. Não sei onde você pode encontrar, mas uma pesquisa na WWW deve apontar vendedores.

        Abraço,
        JC

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  10. Boa tarde ! sou aluna do curso de pedagogia e gostaria de saber se posso usar data show em meus estágios supervisionados caso a resposta seja sim ! me de algumas orientações de como proceder?

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    • Oi Vanessa,

      Eu não faço indicações de equipamentos. Sugiro que pesquise na internet e veja a avaliação de outros compradores. Esse mercado é muito dinâmico e há muitas opções. Pesquise bastante antes de comprar e compre um que atenda as suas necessidades (nem muito mais e nem muito menos que isso).

      Boa sorte na compra.

      Abraço.

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  11. Bom dia Professor!
    Muito bom o seu texto! Estamos colocando data show em todas as salas de aula aqui do colégio e eu estou fazendo a cotação de valores, mas estou com uma dúvida em relação à resolução e marca. O senhor poderia me indicar qual devo comprar?

    Obrigada!
    Vanessa

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    • Olá Vanessa,

      Projetor multimídia em todas as salas? Muito bom!
      Eu não posso lhe indicar nenhuma marca, mas posso lhe dar alguma diretrizes (além das que estão no artigo ).
      – pense em durabilidade (no mínimo 4.000 horas de duração para a lâmpada do projetor) e compre um que lhe dê uma boa garantia e tenha boa avaliação de outros compradores (você pode checar essas avaliações na internet, normalmente);
      – resolução não deve ser um problema se o projetor não ficar muito distante da tela onde será projetada a imagem. Quanto maior a “ampliação” melhor tem que ser a resolução e o brilho do projetor;
      – procure comprar projetores com alto brilho (senão a imagem fica ruim em ambientes claros), normalmente acima de 2000 lumens.
      – faça uma boa instalação que garanta boa visibilidade e segurança do equipamento.

      Acho que é isso. Boa sorte com os projetores novos e depois me conte aqui como estará sendo a experiência, ok?

      Abraço!

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  12. Professor, tenho pesquisdo na net sobre o uso do tablet no DATASHOW, mas ainda não consegui uma resposta convícta, mas apenas ; provalmente sim, ou teoricamente é possivel. Mas será que alguem já testou e fez funcionar ? ( seria uma resposta mais palpável)
    abraços e parabens pelo seu site.

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    • Olá Carlos,

      O único fator a ser considerado para conectar o tablet no projetor multimídia é o tipo de entrada/saída de vídeo de cada um. Mesmo que os aparelhos não tenham entradas e saídas compatíveis é possível encontrar cabos adaptadores (HDMI/VGA, por exemplo) nas lojas de informática.
      Verifique primeiro se seus aparelhos já possuem entradas/saídas compatíveis. Se não tiverem, verifique a saíde de vídeo do tablet e a entrada de vídeo do projetor multimídia e pesquise na internet onde encontrar o cabo adaptador.
      Não creio que conectar os seus aparelhos não será um problema, mas não tenho como saber sem conhecer os seus aparelhos.
      Espero ter ajudado.
      Abraço,

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    • Olá Matheus,

      Isso depende de como ele ficou ligado e de como ele mesmo se comporta quando fica ligado por muito tempo sem uso. Quanto mais tempo a lâmpada fica ligada, mais rapidamente ela queimará. Alguns aparelhos desligam a lâmpada, por segurança, depois de um tempo. De qualquer forma, não é uma boa ideia deixar o projetor multimídia ligado “à toa”, pois, no mínimo, ele estará gastando energia elétrica inutilmente. Evite esquecer o projetor ligado.

      Abraço.

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    • Olá Ailton. Se essa é a dúvida a resposta é: sim. Tudo aquilo que pode ser mostrado na tela do computador pode também ser projetado pelo projetor multimídia.

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  13. Ola pessoal!
    Tudo bem professor?

    Parabéns professor, foram bem esclarecedoras suas informações.
    E aproveitando seu conhecimento e tambem o conhecimento do pessoal que está intergindo, quero pedir mais uma informação:

    Gostaria de saber como faço para enviar ao telão apenas as imagens que pretando utilizar durante a projeção e não as janelas e ferramentas do computador que estiver sendo utilizado como origem das imagens. Acho horrível quando a seta do mouse fica aparecendo junto com pastas e arquivos de fotos ou filmes.
    Por ventura existe algum programa pra evitar isto, ou o próprio data show contem este recurso?

    “Não sou perito em informática”

    Obrigado e grande abraço a todos..

    chicoastron@bol.com.br
    fjs-astron@bol.com.br

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    • Olá Francisco! Obrigado pela visita e pelo comentário.
      Respondendo sua pergunta, o projetor multimídia só projeta a tela (toda) do computador. Então, se você quer que algo apareça sozinho no telão deverá fazer com que isso apareça sozinho na tela do computador também. No caso de apresentações multimídia (ppt) você pode usar a tecla “F5” para iniciar a apresentação, as teclas de “seta” para passar de um slide a outro e a tecla “Esc” para finalizar a apresentação. No caso de imagens e programas você deve maximizar a janela que quer mostrar. Treine no seu computador fazer isso para várias situações diferentes e depois é só fazer exatamente a mesma coisa na hora da apresentação. Quando não quiser projetar a tela do computador por alguns momentos, use o botão do projetor que projeta uma tela em branco.
      Espero ter ajudado um pouco.
      Abraço,
      JC

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  14. Muitas pessoas nos dias atuais acreditam que ser professor é meramente parar a frente da sala e com o uso de um datashow e utilizando um software de slides e com algum conteúdo retirado da internet no clássico processo de ctrl c e ctrl v ler uma tonelada de informações para os alunos, e ao final um questionário com perguntas sobre a matéria. Tenho até a experiência de numa sala de um curso de pós-graduação (acreditem) devido a um problema com o datashow a professora dispensou a sala de aula, pois segundo ela o conteúdo da aula estava em slides e sem o datashow não poderia passar para a turma.

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    • Olá Márcia,

      Obrigado por comentar o artigo.
      Apenas esclarecendo: o uso da palavra “datashow” no título do artigo (no corpo do artigo você verá que o aparelho é tratado pelo seu nome correto, “projetor multimídia”) justifica-se por ser o nome pelo qual o aparelho ficou conhecido, principalmente entre os professores. Como esse termo ainda é bastante usado e esse artigo está linkado com esse título em dezenas de blogs, eu vou mantê-lo no título do artigo, mas agradeço pela sua contribuição e espero que você contribua em outros artigos também.

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  15. Oi professor gostei muito do texto sobre o Datashow na minha escola chegou um que é chamado do Projetor Multimidia interativo Proinfo pois é projetor com funçao de computador juntos num mesmo aparelho. Já ouviu falar? Minha duvida e se o data show ou esse projetor entra mais na area de audiovisual ou na area de informatica?

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    • Olá Wanderbergh!
      Obrigado pelo comentário.
      O projeto multimídia interativo dispensa a necessidade de um computador, bastando ter em alguma mídia reconhecível pelo aparelho aquilo que será mostrado nele. Ainda está na categoria de “projetor multimídia”, mas a tendência é integrarmos computador, projetor e lousa em uma coisa só.
      Faça bom uso do equipamento na sua escola (use muito!!!) e boa sorte!

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  16. Muito interesante, mas tenho uma duvida, será que da para usar um tablete ou um smartephone, por exemplo o sansung galaxy no da show.

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    • Olá Sérgio,

      A conexão entre aparelhos digitais depende das “saídas” e “entradas” desses aparelhos (além de outros detalhes que geralmente já não fazem mais muita diferença). No mercado há uma série de adaptadores que permitem ligar saídas e entradas de vídeo de diferentes formatos e, além disso, os datashows também têm evoluído bastante. Então a resposta depende do seus aparelhos, mas a possibilidade de um “sim” é grande.

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  17. Parabéns Professor!!!! Foram ótimas pra mim estas informações, pois acabamos de comprar um data show para Igreja e somos leigos a respeito dele. Ainda estamos colocando a tela, e gostaria de saber se tem uma distancia mínima ou máxima da tela para o projetor, ou se depende de como quero a imagem. Se puder me ajudar…agradeço….abraço.

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    • Olá Reinalda,

      Obrigado pela visita ao blog.
      Conforme descrito no artigo, o “tamanhho” da imagem depende da distância do projetor à tela e de alguns ajustes do próprio projetor, mas quanto maior a imagem, menor será seu brilho (sua luminosidade). O ideal é que você tenha uma imagem com tamanho mínimo suficiente para que todos no ambiente consigam enxergá-la bem.
      Abraço.

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  18. Gostaria de informações sobre como conectar um tablet ao datashow. Obrigada e parabéns pelo excelente trabalho.
    Marília

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    • Olá Marília,

      A conexão entre os equipamentos depende dos plugs de saída e de entrada de vídeo de cada um. Provavelmente você precisará de um cabo adaptador de HDMI (que é a saída mais comum dos tablets) para VGA (que é a entrada mais comum dos datashows). A dica mais prática é: leve seu tablet e o datashow a uma loja de suprimentos e peça para o atendente providenciar um cabo que permita a ligação.

      Abraço,
      JC

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  19. Muito bom oseu blog, as informações são excelentes, prinpalmente para professores iniciantes que ainda não tem o dominio total das ferramentas relativas as TICs em sala de aula. Vou adicioná-lo ao meu blog. Parabens!

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  20. Parabens pelo artigo. Uma pergunta tecnica pode talvez me ajudar.
    Quero colocar uma caixa de som na parede da sala de aula para produzir o som do retroprojetor ( datashow), pode me orientar qual modelo comprar??

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    • Olá Noedir,

      Sugiro que obtenha as medidas da sala e leve-as a um técnico de som para que ele lhe recomende a potência adequada. Mais importante que o aparelho em si é a localização da caixa de som e a logística para ligá-lo ao datashow.

      Abraço,
      JC

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  21. Sou professora e já ouvi falar muito deste data show e o que me disseram e que não preciso de um computador junto dele para que o mesmo funcione, bem ao contrário do que foi dito no artigo anterior. Portanto gostaria de saber se isto é possivel??

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    • Olá Professora Marisalda,

      Conforme está explicado no próprio artigo, o datashow é apenas um aparelho de projeção (como o antigo projetor de slides) e precisa de uma fonte de dados digitais (que não precisa ser apenas o computador, mas que geralmente usa o computador como fonte). Há modelos modernos de datashow que podem receber os dados por meio de pendrives, memory cards, wireless, bluetooth, etc. O essencial para o uso pedagógico do datashow não é “onde você vai ligá-lo”, mas sim, “o que você vai mostrar nele”.

      Abraço
      JC

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  22. Boa postagem, pois nem todos os professores tem noções de como mexer em um datashow, sou uma destes, e a partir da leitura do seu blog fica mais fácil de acrescentá-lo na sala de aula.

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    • Obrigado pela visita Natália.
      Pois é, a gente só sabe depois que aprende, não é? E ninguém de nós brincou com um datashow na infância. 🙂

      Abraço,
      JC

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  23. Agradeço pelas dicas de como usar o datashow, nem todos os professores tem noção de como usa-lo e a partir da leitura do seu blog tem como tirar várias dúvidas. Obrigada

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    • Olá Antonio,

      O procedimento mais simples consiste em procurar uma loja de assistência técnica. No site do fabricante (e nos manuais que vêm com o aparelho) há contatos para assistência técnica. Se isso não for possível você precisará ter o manual do aparelho, comprar a lâmpada correta e instala-la (mas veja que isso só é recomendável se você souber o que fazer).

      Abraço,
      JC

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  24. Olá prezado colega de profissão!

    Gostei desta matéria sobre Datashow. Sou prof. multiplicador do NTM de Aracaju/SE e costumo sempre utilizar esta ferramenta nos cursos. Com certeza estas informações virão a somar com as que possuo para o uso pedagógico deste recurso. Depois da lida deste material, fiquei inspirado em ministrar uma Oficina sobre datashow, pois muitas escolas aqui da Rede Municipal de Aracaju estão adquirindo este aparelho e, como sabemos, a maioria dos docentes tem pavor em utilizar tecnologias digitais. Gostaria de saber se posso utilizar, com a devida autorização e créditos, é claro, seu material como apoio na formatação da minha Oficina.

    Parabéns pelas matérias do Blog, abraço!

    Att, prof. RC (http://tutorpedagogicoprofrc.blogspot.com).

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    • Olá Roberto,

      Você pode usar sim esse texto ou qualquer outro do blog para dar oficinas aos professores de Aracaju. Veja as permissões de uso do material do blog no link https://professordigital.wordpress.com/copyright/

      Para citar o blog você pode usar o método mais simplificado, citando o nome e o link, ou pode usar o formato acadêmico (indicado no final de cada artigo).

      Boas oficinas, e mande notícias.

      Abraço,
      JC

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  25. Caro Prof. JC,

    Excelente a proposta de seu blog, farei questão de acompanhá-lo de perto. Estou concluindo este ano meu mestrado em Direito e pretendo já no ano seguinte iniciar minha carreira como professor. Tenho pensado muito nas utilizações de TIC’s para minhas aulas e no quanto isso é essencial para manter os alunos motivados, apesar de que, pelo tipo de conteúdo, fica mais difícil inovar tanto no ensino jurídico (mas estou aberto a idéias, e até gostaria muito de ouvi-las). Acabei de criar um blog sobre a Educação e o Direito, no qual tenho um proposta semelhante à sua, se puder, depois, dê uma olhada!

    Obrigado e Sucesso!

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    • Olá Felipe,

      Visitei seu blog. Seja bem vindo ao universo dos edu-blogueiros. Fico feliz que tenha gostado e prentenda acompanhar o meu blog. As atualizações não são muito frequentes devido ao estilo do blog, mas elas ocorrem.

      Abraço,
      JC

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  26. Oi, adorei seu blog!
    Estou fazendo Especialização em mídias na educação e escolhi o tema “O uso do blog com recurso pedagógico como suporte no processo de letramento”. Se vc tiver algo, um artigo, alguma publicação, ou relatos que possa compartilhar comigo para enriquecer meu TCC eu agradeço imensamente. Bjs

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  27. Muito legal as informações, pois nem todo professor tem a noção de como conduzir sua aula com uso de apresentações com datashow, bem como a questão da vida útil da lâmpada do projetor.

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  28. Caro Professor e colega,

    Excelente postagem.Tenho um blog que pretente dar suporte aos professores quanto ao uso das ferramentas tecnológicas em sua prática pedagógica.Minha abordagem é mais teórica, mas sinto que as habilidades técnicas são também um entrave no processo.O modo como expôe aqui certamente contribuirá nos dois sentidos.
    Obrigada, farei um link para os usuários do meu espaço…
    Grande abraço,
    Niuza Eugênia

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